O
presidente Jair Bolsonaro disse neste domingo que ficou "chateado"
com as afirmações dadas ao jornal O Estado de São Paulo pelo ministro do
Supremo Tribunal Federal (STF), Celso de Mello. Em entrevista publicada no
sábado, o ministro afirmou - ao comentar a decisão do STF que manteve a
demarcação de terras indígenas com a Funai - que o presidente" minimiza perigosamente
a importância da Constituição" e "degrada a autoridade do Parlamento
brasileiro", ao reeditar o trecho de uma medida provisória que foi
rejeitada pelo Congresso no mesmo ano.
"Me
equivoquei na questão da MP. Foi assessor que fez, mas a responsabilidade é
minha. Estou chateado porque ele (Mello) foi para o lado pessoal",
respondeu a jornalistas, ao deixar o Palácio do Alvorada para participar de um
culto evangélico em Brasília. Bolsonaro aproveitou para alfinetar a decisão de
Mello no caso no qual o STF passou a considerar a homofobia como crime.
"Acredito que esse tipo de decisão cabe ao Congresso", repetiu.
"Mas eu tenho que ficar quieto. Não posso criticar decisão de um poder ou
outro, tenho que respeitar os poderes", completou.
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