Com
ajuda do PSL, partido do presidente Jair Bolsonaro, a comissão especial que
analisa a reforma da Previdência rejeitou afrouxar as regras de aposentadoria
para categorias da segurança pública. Integrantes do governo e interlocutores
do Palácio do Planalto atuaram contra o apelo público de Bolsonaro nesta
quinta-feira (4) por regras mais brandas para policiais federais e policiais
rodoviários federais, um pedido para desidratar a própria proposta de reforma.
Eventuais
mudanças na proposta para essas categorias devem ser discutidas apenas no
plenário, após a conclusão da aprovação da reforma na comissão especial. O
texto-base da proposta foi aprovado por 36 votos a 13, mas ainda precisam ser
votados os chamados destaques –pedidos de partidos e deputados para que uma
parte específica da proposta seja analisada separadamente.
Dois
destaques que favoreceriam o setor de segurança pública foram rejeitados. Um
deles beneficiaria até oficiais de Justiça, mas foi derrubado por 31 votos a
17. O outro, apresentado pelo PSD, suavizaria para policiais federais,
policiais rodoviários federais, policiais legislativos, agentes penitenciários
e peritos, mas foi negado, por 30 a 19.
Ao
ser anunciado o resultado, policiais que estavam na comissão gritavam:
"PSL traiu a polícia do Brasil". E também contra o presidente:
"Bolsonaro traidor!" "A defesa da nossa segurança pública não
pode ser confundida com a defesa da Previdência Social. São coisas
distintas", disse o deputado Filipe Barros (PR), ao orientar a bancada do
PSL a votar contra benesses à segurança pública.
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