quinta-feira, 20 de junho de 2019

Prefeito de Camaragibe é preso suspeito de lavagem de dinheiro, corrupção e fraude em licitação

              O prefeito de Camaragibe, Demóstenes Meira (PTB), foi preso, nesta quinta-feira (20), em uma operação do Departamento de Repressão ao Crime Organizado (Draco). O gestor da cidade do Grande Recife é investigado pelos crimes de fraude em licitação, corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Ele foi afastado do cargo. 

A Operação Harpalo começou em dezembro de 2018 e investiga o superfaturamento em contratos da prefeitura de Camaragibe. A primeira fase foi deflagrada em março de 2019. Segundo a delegada Jéssica Ramos, que comanda as investigações, o rombo pode chegar a R$ 117 mil em um contrato de R$ 1,2 milhão para a manutenção de escolas municipais, em que houve dispensa de licitação.

A prisão preventiva do prefeito e o afastamento cautelar dele, ocorridos nesta quinta (20), fazem parte da segunda fase da operação e foram determinados pelo Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), em decisão assinada pelo desembargador Mauro Alencar. Demóstenes Meira foi preso no apartamento em que mora, no bairro da Madalena, na Zona Oeste do Recife.

Outros quatro mandados de prisão preventiva foram cumpridos pela segunda fase da operação, que contou com a participação de 40 policiais civis, entre delegados, agentes e escrivães. Segundo a delegada, foram presos dois casais sócios de duas construtoras que estariam envolvidos nas fraudes. 

Além de Demóstenes Meira, foram presos com ele os empresários Severino Ramos da Silva e Carlos Augusto Bezerra de Lima da Silva. Luciana Maria da Silva, esposa de Severino; e Joelma Soares, esposa de Carlos.

Os três homens presos foram encaminhados ao Centro de Observação e Triagem Everardo Luna (Cotel), em Abreu e Lima, na região Metropolitana. As duas mulheres presas foram levadas para a Colônia Penal Feminina Bom Pastor, no Recife.

Nesta quinta-feira (20), o prefeito Demóstenes Meira não respondeu a nenhuma pergunta dos policiais, ficou em silêncio. Os advogados André Caúla e Ademar Rigueira, que defendem o prefeito afastado, dizem que não podem dar declarações porque estão se inteirando sobre o caso. Eles devem se pronunciar sobre a prisão "em momento oportuno".

Por meio de nota, o presidente estadual do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), José Humberto Cavalcanti, diz que a "gestão de Camaragibe não era do PTB, mas de um prefeito filiado ao partido", que o PTB acompanha o caso e "espera que as denúncias sejam devidamente apuradas e que seja dado a ele [Meira] amplo direito de defesa". Do G1

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