Por
unanimidade, os sete juízes do Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso
cassaram o mandato da senadora Selma Arruda (PSL) por abuso de poder econômico
e uso de caixa 2 nas eleições de 2018.
A
decisão foi tomada em uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral. O
desembargador Pedro Sakamoto impôs inelegibilidade de 8 anos. Como ainda cabe
recurso ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a senadora permanece no cargo até
uma decisão definitiva.
Em
Mato Grosso, Selma ganhou o apelido de "Sérgio Moro de saias" por sua
atuação em ações criminais contra políticos e servidores públicos. Ela mandou
prender o ex-governador Silval Barbosa e empresários influentes no Estado, em
2017. Também condenou a 26 anos de prisão o ex-deputado José Riva pela
participação em esquema de corrupção quando ele foi presidente da Assembleia
Legislativa de Mato Grosso.
A
ex-juíza foi eleita com 678 mil votos, e declarou bens no valor de R$ 1,4
milhão. As investigações começaram quando a senadora fez gastos de campanha
considerados incompatíveis com seu patrimônio declarado ao TSE. Após a quebra
de seu sigilo, foram identificadas transações do seu primeiro-suplente,
Gilberto Possamai, e sua mulher, Adriana, para a conta da então candidata.
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