sexta-feira, 26 de dezembro de 2025

José Múcio consolida perfil conciliador na Defesa e tem papel decisivo na instalação da Escola de Sargentos em Pernambuco

                À frente do Ministério da Defesa desde 1º de janeiro de 2023, no início do terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), José Múcio Monteiro Filho tem se destacado por um perfil conciliador, técnico e dialogável, características que o tornaram uma escolha estratégica para o comando da pasta em um momento sensível da relação entre o governo federal e as Forças Armadas.

Após um período marcado pela forte politização do setor militar, Lula optou por um nome civil, com trânsito entre diferentes campos ideológicos e, sobretudo, credibilidade junto aos militares. A aposta se mostrou acertada. Diferente de antecessores que adotavam posturas mais ideológicas ou impositivas, Múcio construiu sua gestão com base na diplomacia e no diálogo institucional.

Um dos principais marcos de sua atuação é o papel central e decisivo na instalação da Escola de Sargentos do Exército (ESE) em Pernambuco. Pernambucano e ministro da Defesa, Múcio assumiu o projeto como uma de suas principais bandeiras, atuando diretamente na articulação política e orçamentária para garantir que a unidade permanecesse no estado.

O ministro tem defendido o projeto como uma iniciativa estratégica para a descentralização do ensino militar e para a promoção do desenvolvimento regional. Segundo ele, a proposta busca corrigir desigualdades históricas no acesso à formação de excelência no país. “A tendência natural do Brasil sempre foi mandar os filhos para estudar no Sul. Agora queremos trazer professores e oportunidades para onde estão as famílias nordestinas e do Norte”, afirmou.

Sobre críticas relacionadas a possíveis impactos ambientais, Múcio foi enfático ao esclarecer que o projeto sofreu ajustes significativos. De acordo com o ministro, o plano inicial previa a supressão de 400 hectares, número reduzido para apenas 40 hectares, compensados com o plantio de cerca de 1.500 hectares. “Não vão tirar quase nada da vegetação. Estamos agregando uma escola a uma área militar que já existe”, explicou.

A Escola de Sargentos deve gerar um impacto expressivo na economia local, com folha anual estimada em R$ 200 milhões, além da criação de cerca de seis mil empregos diretos e indiretos, envolvendo alunos, professores e atividades correlatas. Segundo Múcio, apenas três localidades no Brasil reúnem as condições necessárias para sediar a escola: Santa Maria (RS), Três Corações (MG) e Pernambuco, devido à necessidade de grandes áreas para treinamento.

Ao comentar os desafios da Defesa, o ministro reconheceu que a escassez de recursos é um dos principais entraves. Ele destacou que investir em defesa é uma tarefa complexa em um país com grandes demandas sociais, mas defendeu a criação de uma política de previsibilidade orçamentária, independentemente do governo. “A defesa não pertence a partido político. Ela existe para que não nos ataquem”, afirmou.

Questionado sobre a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e de integrantes da alta cúpula das Forças Armadas, Múcio foi direto: “Isso é justiça. Justiça você pode gostar ou não gostar, mas não se discute”. Da Folhape 

👉 Acompanhe mais notícias em nossas redes sociais:

📸 Instagram   👍 Facebook

Nenhum comentário:

Postar um comentário