Entre os problemas
detectados estão a ausência de diagnóstico georreferenciado, falta de mapas e
matriz de quilometragem no termo de referência e edital, além da inexistência
de planilhas analíticas e pesquisas de preços que garantam transparência e
fundamentação técnica adequada. O processo também apresentou a contratação em
lote único sem estudo de parcelamento, o que limita a competitividade, e não
definiu limites para subcontratação, abrindo espaço para riscos de
atravessadores no serviço.
Outro ponto grave é o
afastamento indiscriminado dos benefícios previstos na Lei Complementar 123/06
para Microempresas (ME) e Empresas de Pequeno Porte (EPP), contrariando
princípios legais que incentivam a participação desses empreendimentos em
licitações públicas.
O relatório ainda ressalta a
omissão de requisitos básicos de segurança, como a idade máxima permitida para
a frota, ausência de inspeção prévia dos veículos e falta de exigência de seguros
obrigatórios. Também foram constatadas falhas na fiscalização, com a ausência
de sistema detalhado de rastreamento e ficha de controle diário do transporte,
além de portal da transparência inexistente para o serviço de transporte
escolar, violando o princípio da publicidade e dificultando o acompanhamento
público.
Em resumo, o TCE identificou
nove irregularidades consideradas “capazes de comprometer, de forma
insanável, a legalidade, a competitividade, a economicidade e a segurança do
transporte escolar” em Surubim.
Além disso, o Tribunal
avaliou a execução do contrato da empresa CJ de Figueiredo, contratada via
dispensa de licitação nº 005/2025 para o transporte escolar das redes Estadual
e Municipal (processo nº 018/2025), e detectou superfaturamento de R$
1.052.769,11 nos meses de fevereiro a abril de 2025, referentes às rotas
realizadas e pagas, apontando para um uso indevido de recursos públicos.
Esses apontamentos reforçam
a necessidade de revisão urgente dos processos e maior rigor na fiscalização
para garantir que o transporte escolar de Surubim seja prestado com
transparência, segurança e economicidade, atendendo às necessidades dos
estudantes e da comunidade.
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