Autorizada pelo ministro
Alexandre de Moraes a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), a
operação investiga um suposto plano de Jair Bolsonaro, com apoio do deputado
federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), para pressionar o governo dos Estados Unidos
a interferir em seu julgamento no Brasil. O caso envolve a acusação de
tentativa de golpe de Estado, com indícios de articulação internacional.
Entre as medidas
determinadas por Moraes estão buscas e apreensões, restrições nas redes sociais
e até o uso de tornozeleira eletrônica por Bolsonaro — medida que gerou intensa
repercussão nas plataformas digitais. O pico de engajamento foi registrado por
volta das 10h, com mais de 150 mil menções ao nome do ex-presidente.
A reação dos internautas
refletiu a já conhecida divisão ideológica. Do lado bolsonarista, houve forte
rejeição à operação, classificada por muitos como "perseguição
política" e "censura". Expressões como "ditadura",
"abuso de poder" e "STF autoritário" apareceram com
frequência, sendo citadas em cerca de 10% das postagens analisadas.
Já os opositores de
Bolsonaro fizeram das redes um palco de comemoração, muitas vezes com tom
sarcástico. Termos como “Grande dia”, “tornozeleira do mito” e “Bolsonaro na
cadeia” lideraram os trending topics e foram impulsionados por perfis de
esquerda, que veem na operação uma resposta judicial a anos de ataques às
instituições.
Além das postagens, o
comportamento dos usuários também mudou. As buscas por "Bolsonaro" no
Google aumentaram cinco vezes no dia da operação, enquanto o termo
“tornozeleira” disparou em volume. Já o nome de Alexandre de Moraes teve
crescimento mais modesto, mas também significativo, mostrando a centralidade do
ministro nas decisões que envolvem o ex-presidente.
A ação desta sexta-feira
reabre o debate sobre os limites da atuação judicial e os reflexos políticos
das decisões do Supremo em um ambiente ainda altamente polarizado. Para
analistas, o episódio confirma que Jair Bolsonaro continua sendo um agente
central do embate político nacional, mesmo fora do cargo e cada vez mais pressionado
pelo cerco judicial.
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