terça-feira, 22 de julho de 2025

Após desabafo polêmico de delegada Natasha Dolci, ADEPPE reage com nota dura

Entidade que representa delegados de Pernambuco repudia falas da ex-delegada e reforça compromisso com união da categoria

O vídeo em que a delegada Natasha Dolci aparece visivelmente abalada, proferindo críticas e xingamentos contra superiores e colegas da Polícia Civil de Pernambuco, caiu como uma bomba nas redes sociais e nos bastidores da segurança pública do estado. Em tom de desabafo, a delegada denunciou sua insatisfação com a forma como foi desligada da corporação, questionando condutas internas e estruturas hierárquicas.

A repercussão foi imediata — e a resposta institucional também. Na noite desta terça-feira, a Associação dos Delegados de Polícia do Estado de Pernambuco (ADEPPE) emitiu uma nota oficial classificando as falas como ofensivas e inaceitáveis do ponto de vista ético e corporativo.

"Respeito entre pares e ética profissional são inegociáveis", diz ADEPPE

No comunicado, a ADEPPE afirmou prestar “integral solidariedade aos associados injustamente atingidos por insinuações ofensivas”, ressaltando que a liberdade de expressão, embora seja um direito constitucional, “não pode ser usada como ferramenta para ataques pessoais, julgamentos públicos ou deslegitimação de colegas”.

A associação frisou ainda que segue firme em seu compromisso com a valorização da categoria e na defesa de princípios como o respeito mútuo, a integridade institucional e a coesão entre delegados e delegadas. Para a entidade, episódios como esse não apenas abalam a imagem da corporação, mas também colocam em risco a confiança entre seus membros — um pilar essencial para o bom funcionamento das instituições policiais.

Apesar de Natasha Dolci já não integrar mais os quadros da Polícia Civil de Pernambuco, sua fala provocou um desconforto perceptível entre servidores da segurança pública. Nas redes, parte da opinião pública se dividiu entre apoio à coragem da ex-delegada e críticas ao tom das acusações.

Especialistas apontam que esse tipo de crise pública evidencia a necessidade de maior transparência nos processos internos da corporação, bem como de canais institucionais mais eficientes para o acolhimento de denúncias e insatisfações profissionais — sem que isso descambe para rupturas públicas que comprometam a imagem da instituição como um todo.

Por ora, a ADEPPE deixou claro que está ao lado dos delegados e delegadas que se sentiram atingidos pelas declarações de Dolci, reafirmando que continuará atuando em defesa da coesão e do profissionalismo dentro da Polícia Civil. 

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