O estopim do movimento
grevista foi o reajuste salarial de 2,5% proposto pela gestão municipal,
considerado insuficiente diante do cenário inflacionário e das demandas
históricas da categoria. A greve atinge diretamente o funcionamento das escolas
da rede pública municipal, com aulas já suspensas na noite de sexta e previsão
de paralisação integral a partir da próxima semana.
“Deflagramos a greve porque
não há mais espaço para enrolação. A cada mesa de negociação, a prefeitura se
nega a apresentar uma proposta digna. Estamos em greve por respeito, por
valorização e pela educação pública do Recife”, afirmou Jaqueline Dornelas,
coordenadora geral do Simpere.
Além do índice considerado
insuficiente, os professores também reivindicam a valorização da carreira
docente, a reestruturação dos interstícios, melhores condições de trabalho, cumprimento
da aula-atividade, pagamento justo a aposentados e o acréscimo de carga horária
remunerada. A categoria argumenta que esses pontos são essenciais para garantir
qualidade à educação pública e respeito aos profissionais da sala de aula.
Em nota oficial, a Prefeitura
do Recife lamentou a deflagração da greve, sobretudo com as negociações ainda
em curso. Para a gestão, a paralisação prejudica diretamente milhares de
estudantes, afetando o calendário letivo, o processo de aprendizagem e o acesso
à merenda escolar.
“A Prefeitura do Recife
estranha e lamenta a deflagração da greve com as negociações em andamento, pois
entende que a medida impacta diretamente a vida de milhares de estudantes”, diz
a nota.
Ainda segundo a Prefeitura,
todos os profissionais da educação municipal recebem o piso nacional ou acima
dele, conforme a Lei Federal 11.738/2008, e os ganhos acumulados nos últimos
quatro anos somariam até 79% para parte da categoria. A gestão reiterou que o
canal de diálogo permanece aberto.
“A valorização da pauta da educação é uma marca da gestão”, concluiu a nota.
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