terça-feira, 15 de abril de 2025

Violência em alta: deputados cobram resposta do Governo sobre crescimento dos casos em Pernambuco

                   O fim de semana em Pernambuco foi marcado por uma onda de violência que chocou o estado: cinco mulheres e uma criança foram assassinadas, a maioria dos casos com indícios claros de feminicídio. O cenário alarmante motivou pronunciamentos contundentes na Assembleia Legislativa nesta segunda-feira (14).

A deputada estadual Delegada Gleide Ângelo (PSB) fez duras críticas à ausência de ações concretas por parte do Governo do Estado diante da escalada da violência. Segundo a parlamentar, os casos ocorreram em sua maioria dentro de contextos familiares, com os agressores sendo companheiros, ex-companheiros, filhos ou sobrinhos das vítimas.

“A gente vê mulheres morrendo nas mãos de companheiros, ex-companheiros, filhos, sobrinhos. Porque para essas pessoas, para esses criminosos, a vida da mulher não tem valor. E de quem é a obrigação de proteger essas mulheres? É do Estado. O que o Estado está fazendo? Nada”, denunciou Gleide no plenário.

Além da cobrança por justiça, a deputada pediu à governadora Raquel Lyra a apresentação urgente de um plano estadual de proteção à mulher, destacando ainda que sete Delegacias da Mulher no estado não funcionam à noite, deixando vítimas desamparadas justamente nos horários de maior risco.

A preocupação foi reforçada pela deputada Dani Portela (PSOL), que denunciou o crescimento vertiginoso da violência armada. Segundo ela, o número de pessoas feridas por arma de fogo em março de 2025 aumentou cerca de 200% em comparação com o mesmo período de 2024.

Portela também lamentou a morte trágica da menina Helen Santos Sousa, vítima de bala perdida no bairro de Água Fria, no Recife, neste domingo (13).

“Helen não era só uma criança. Era uma vida. Uma vida ceifada pela violência descontrolada que o Estado insiste em ignorar”, afirmou.

As declarações das parlamentares ecoam o clamor da população por segurança e reforçam a necessidade de uma resposta efetiva e imediata do Governo Estadual diante do aumento dos crimes violentos — sobretudo aqueles motivados por gênero, como o feminicídio.

Enquanto os dados crescem, mães, filhas, irmãs e companheiras seguem morrendo. E o silêncio oficial só aumenta a sensação de impunidade. 

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