segunda-feira, 10 de março de 2025

Violência ainda assusta em Pernambuco, apesar da redução nos homicídios

            Apesar da redução no número de mortes violentas em Pernambuco no início de 2025, a violência continua sendo uma preocupação para a sociedade. De acordo com a Secretaria de Defesa Social (SDS), o estado registrou 260 assassinatos em fevereiro, uma queda de 15,6% em relação ao mesmo mês de 2024, quando 308 pessoas foram mortas. No entanto, o aumento dos feminicídios e o crescimento da violência no Sertão alertam para desafios persistentes na segurança pública.

O Recife registrou uma queda significativa no número de homicídios, com 42 casos em fevereiro deste ano contra 63 no mesmo período de 2024. A Região Metropolitana também apresentou uma redução, passando de 84 para 82 assassinatos, mesmo com a tragédia de Abreu e Lima, onde seis pessoas foram mortas em uma chacina.

A Zona da Mata e o Agreste seguiram a tendência de queda: 35 mortes na Mata (contra 47 em 2024) e 56 no Agreste (contra 77 no ano passado). No entanto, o Sertão foi na contramão do restante do estado, apresentando aumento nos homicídios, com 45 assassinatos registrados em fevereiro — oito a mais que no ano anterior.

Além disso, o número de feminicídios dobrou em relação ao mesmo período de 2024, evidenciando que a violência de gênero ainda é um problema grave em Pernambuco.

Somando janeiro e fevereiro, Pernambuco registrou 547 mortes violentas intencionais, representando uma queda de 17,5% em relação ao mesmo período de 2024, quando foram contabilizados 663 casos. O balanço inclui homicídios, latrocínios (roubos seguidos de morte), feminicídios, lesões corporais seguidas de morte e óbitos em intervenções policiais.

No balanço divulgado pela SDS, o que chama mais atenção é o aumento dos casos de feminicídio. Ao todo, oficialmente, dez mulheres foram mortas pela condição de gênero por companheiro ou ex-companheiros. O número é o dobro do registrado em fevereiro de 2024.

O resultado reforça que as vítimas de violência doméstica/familiar devem procurar a polícia imediatamente para denunciarem seus agressores. Ao mesmo tempo, políticas públicas de prevenção para as mulheres precisam ser ampliadas para reduzir os números desse tipo de violência. 

Somente no primeiro bimestre deste ano, 8.805 mulheres procuraram a polícia em Pernambuco para registrar queixas de violência doméstica/familiar. 

Embora a redução dos homicídios seja um dado positivo, especialistas apontam que a violência ainda assusta a população, especialmente diante do aumento dos feminicídios e do crescimento da criminalidade no Sertão. O governo estadual reforça que medidas de segurança vêm sendo adotadas, mas a sociedade segue preocupada com a necessidade de políticas públicas mais eficazes para conter a violência em todas as regiões do estado.

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