O Recife registrou uma queda
significativa no número de homicídios, com 42 casos em fevereiro deste ano
contra 63 no mesmo período de 2024. A Região Metropolitana também apresentou
uma redução, passando de 84 para 82 assassinatos, mesmo com a tragédia de Abreu
e Lima, onde seis pessoas foram mortas em uma chacina.
A Zona da Mata e o Agreste
seguiram a tendência de queda: 35 mortes na Mata (contra 47 em 2024) e 56 no
Agreste (contra 77 no ano passado). No entanto, o Sertão foi na contramão do
restante do estado, apresentando aumento nos homicídios, com 45 assassinatos
registrados em fevereiro — oito a mais que no ano anterior.
Além disso, o número de
feminicídios dobrou em relação ao mesmo período de 2024, evidenciando que a
violência de gênero ainda é um problema grave em Pernambuco.
Somando janeiro e fevereiro,
Pernambuco registrou 547 mortes violentas intencionais, representando uma queda
de 17,5% em relação ao mesmo período de 2024, quando foram contabilizados 663
casos. O balanço inclui homicídios, latrocínios (roubos seguidos de morte),
feminicídios, lesões corporais seguidas de morte e óbitos em intervenções
policiais.
No balanço divulgado pela
SDS, o que chama mais atenção é o aumento dos casos de feminicídio. Ao todo,
oficialmente, dez mulheres foram mortas pela condição de gênero por companheiro
ou ex-companheiros. O número é o dobro do registrado em fevereiro de 2024.
O resultado reforça que as
vítimas de violência doméstica/familiar devem procurar a polícia imediatamente
para denunciarem seus agressores. Ao mesmo tempo, políticas públicas de
prevenção para as mulheres precisam ser ampliadas para reduzir os números desse
tipo de violência.
Somente no primeiro bimestre
deste ano, 8.805 mulheres procuraram a polícia em Pernambuco para registrar
queixas de violência doméstica/familiar.
Embora a redução dos
homicídios seja um dado positivo, especialistas apontam que a violência ainda
assusta a população, especialmente diante do aumento dos feminicídios e do
crescimento da criminalidade no Sertão. O governo estadual reforça que medidas
de segurança vêm sendo adotadas, mas a sociedade segue preocupada com a
necessidade de políticas públicas mais eficazes para conter a violência em
todas as regiões do estado.
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