O MPPE destaca que o edital
atual, regido pelo Pregão Eletrônico nº 90011/2025, não apresenta uma análise
financeira completa. A unificação da exploração dos camarotes privados e da
captação de patrocínios ocorre sem justificativa técnica que comprove vantagem
econômica. Além disso, não há avaliação detalhada das receitas potenciais do
espaço concedido, como a venda de ingressos, exploração de restaurantes e
bares, comercialização de serviços exclusivos na área VIP e taxas sobre
patrocinadores e fornecedores.
O órgão alerta que a falta
dessa análise pode resultar na subprecificação da outorga, beneficiando
particulares e causando prejuízo aos cofres públicos.
Para garantir maior
transparência e eficiência econômica, o MPPE recomendou várias medidas, como: a
separação das atividades licitadas, permitindo concorrência distinta para
exploração dos camarotes e captação de patrocínios; novo estudo técnico; modelo
justo de cobrança; fixação de limite para preços de ingressos, bebidas e
alimentos; e regras claras para o repasse de receitas de patrocínio
O prefeito, o presidente da
Fundação de Cultura e a pregoeira do município têm um prazo de 48 horas para
informar se acatam as recomendações do MPPE. Caso as medidas não sejam
cumpridas, o Ministério Público poderá adotar medidas judiciais para suspender
o processo licitatório.
Histórico - Em 2023. Na época, o MPPE já havia investigado concessões irregulares nos camarotes da festa. O esquema beneficiava a Festa Cheia, empresa do empresário Augusto Acioli. Reportagens mostraram contratos duvidosos, falta de fiscalização e o favorecimento de camarotes específicos, como o Camarote Exclusive. A denúncia levou o MPPE a intervir e os empresários a devolverem R$ 1 milhão aos cofres públicos.
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