O documento, divulgado pelo Diario
de Pernambuco, foi elaborado pela Delegacia de Polícia de Repressão à
Intolerância Esportiva (DPRIE), que monitora e combate a violência em eventos
esportivos. Segundo o relatório, torcedores marcaram encontros para brigas,
conhecidas como "pistas", utilizando redes sociais para propagar
rivalidade e disseminar mensagens de ódio.
De acordo com o relatório, a
polícia já havia identificado movimentações suspeitas antes do jogo. "O
monitoramento dessas agremiações foi realizado e vimos que os envolvidos se
prepararam para possíveis confrontos no dia 01/02/2025, aguardando com grande
expectativa", afirma o documento. Além disso, havia indícios de que os
torcedores prepararam bombas caseiras e armas improvisadas, como barrotes com
pregos, para ferir adversários e danificar patrimônios públicos e privados.
Para conter a violência, a
Secretaria de Defesa Social (SDS) mobilizou 680 policiais militares. A polícia
havia identificado diversos pontos críticos no Recife e na Região
Metropolitana, onde o reforço no policiamento foi priorizado. Na capital, os
locais de maior atenção foram a Avenida Norte e os bairros da Caxangá, Dois
Unidos, Cordeiro, Detran e Afogados. Já na RMR, o policiamento foi
intensificado em Camaragibe, Olinda, Paulista e nos bairros de Prazeres e
Jaboatão Velho, próximo à saída da BR-232, em Jaboatão dos Guararapes.
Os terminais integrados de
ônibus também foram monitorados, incluindo Macaxeira, Prazeres, Camaragibe,
Abreu e Lima, PE-15 e Pelópidas Silveira. Neste último, três indivíduos foram
detidos em flagrante portando explosivos e soco inglês.
Prisões e confrontos - Durante os confrontos, que ocorreram em diversos pontos do Recife e Região Metropolitana, foram registradas 14 detenções na capital, especialmente nos bairros da Iputinga, Torre e Madalena. Em Paulista, três pessoas foram presas tentando invadir um terminal de transporte com explosivos. Além disso, no Cabo de Santo Agostinho, mais três torcedores foram detidos.
A investigação também aponta
que os "bondes" – grupos que organizam os confrontos – são formados
inicialmente em pequenos bairros, onde os primeiros membros se reúnem. Com o
passar das horas, outros torcedores se juntam, aumentando o número de
envolvidos nas agressões.
A Polícia Civil segue investigando a organização dessas ações e deve intensificar o monitoramento das torcidas organizadas para evitar novos episódios de violência nos próximos jogos.
👉 Acompanhe mais notícias em nossas redes
sociais:
Nenhum comentário:
Postar um comentário