A conversa consta no
relatório de inteligência da operação, deflagrada nesta terça-feira (19) para
prender cinco militares que pretendiam impedir a posse do presidente Luiz
Inácio Lula da Silva e do vice, Geraldo Alckmin, eleitos em outubro de
2022.
No áudio enviado a Mauro
Cid, Fernandes disse ao ex-ajudante de ordens de Bolsonaro que o ex-presidente
teria dito a ele que a "ação" poderia ocorrer até o último dia do
mandato.
“Cid, boa noite. Meu amigo,
antes de mais nada me desculpa estar te incomodando tanto no dia de hoje. Mas,
porra, a gente não pode perder oportunidade. São duas coisas. A primeira,
durante a conversa que eu tive com o presidente, ele citou que o dia 12, pela
diplomação do vagabundo, não seria uma restrição, que isso pode, que qualquer
ação nossa pode acontecer até 31 de dezembro e tudo. Mas, porra, aí na hora eu
disse, pô presidente, mas o quanto antes, a gente já perdeu tantas
oportunidades", disse Fernandes.
Durante o governo Bolsonaro,
o general ocupou o cargo de secretário-executivo da Secretaria-Geral da
Presidência da República e foi responsável, segundo a PF, pela elaboração do
arquivo de word intitulado "Punhal Verde e Amarelo", com planejamento
"voltado ao sequestro ou homicídio" do ministro Alexandre de Moraes,
do Supremo Tribunal Federal (STF), e de Lula e Alckmin.
Segundo a PF, o documento
foi impresso no Palácio do Planalto e levado para o Palácio da Alvorada, residência
oficial de Jair Bolsonaro. O ex-presidente não é citado no caso como
investigado.
O ex-presidente Jair
Bolsonaro não se pronunciou sobre a operação da Polícia Federal. Pelas redes
sociais, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) declarou que "pensar em matar
alguém não é crime". Da Agência Brasil
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