A percepção sobre a
necessidade da proibição aparece em todas as faixas etárias de adultos, mas no
caso de pessoas com 61 anos ou mais o índice é ainda maior: 87% apoiam a
restrição. “Essa é uma concordância transversal na sociedade, não existe
divergência. E essa concordância atravessa gênero, idade, todos os perfis”,
explica a gerente de pesquisa quantitativa do Instituto Locomotiva, Gabrielle
Selani.
Recentemente, o Ministério
da Educação anunciou que está elaborando um projeto de lei para proibir o uso
de celulares nas salas de aula. O tema também é debatido na Comissão de
Educação da Câmara dos Deputados.
O levantamento identificou
que 90% dos entrevistados concordam que as crianças de hoje em dia não querem
mais brincar na rua por causa do uso do celular ou para assistir TV. Segundo a
pesquisa, 69% acreditam que a idade ideal para ter o primeiro celular é a
partir dos 13 anos, mas 86% acreditam que os jovens desejam ter um celular
antes dessa idade.
“Está clara a concordância
sobre a proibição do uso de celulares nas escolas, mas, além disso, é preciso
monitorar o tempo e o conteúdo em si. É preciso estar atento também sobre o que
acontece fora do muro das escolas”, diz Gabrielle.
Entre os efeitos negativos
do uso de celular na infância, segundo os entrevistados, estão vício em
tecnologia, aumento da ansiedade e depressão, problemas de sono, desempenho
escolar prejudicado, dificuldades nas relações sociais e exposição ao cyberbullying.
A pesquisa realizou 1.491
entrevistas em todo o país, no período de 24 de junho a 8 de julho, abrangendo
diversas regiões e perfis socioeconômicos. A margem de erro é de 2,5 pontos
percentuais, com nível de confiança de 95%.
Para a gerente de pesquisa do Instituto Locomotiva, a pesquisa pode contribuir para a elaboração de legislações inclusivas sobre o tema. “A pesquisa ouviu a sociedade como um todo, pois é preciso universalizar o assunto. Essa é uma questão que vai afetar toda a sociedade, todos vamos sentir os impactos do uso sem controle das telas”. Da Agência Brasil
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