Os visitantes vão
desembarcar no aeroporto do Recife para conhecerem comunidades rurais no
interior do estado. No Sertão do Pajeú, conhecerão sistemas de produção
conectados às feiras agroecológicas.
Na região do Agreste, as
tecnologias sociais de convivência com o Semiárido serão conferidas de perto,
como as cisternas, os sistemas de reuso de águas cinzas, entre outras.
O grupo também fará uma
vivência junto ao Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST) para
compreender o processo de luta pela terra dos campesinos no Brasil. Em seguida,
visitarão o Polo da Borborema, na Paraíba, para vivenciar outras iniciativas
que promovem o empoderamento econômico de agricultores, a exemplo do Fundo
Rotativo Solidário.
As experiências observadas
no intercâmbio servirão de referência tanto para representantes do Brasil
quanto de outros países. Cada prática identificada será discutida em detalhes,
visando eliminar dúvidas e gerar informações que possam ser replicadas nas
regiões de origem dos participantes.
A proposta do intercâmbio é
destacar o Semiárido brasileiro como um exemplo global de resiliência. Carlos
Magno Morais, coordenador de mobilização social do Centro Sabiá e representante
da Plataforma Semiáridos América Latina no Brasil, reforça que “as comunidades
do Semiárido, que historicamente enfrentam secas extremas, acumulam um
conhecimento valioso que pode ser compartilhado com outros biomas ao redor do
mundo. Este intercâmbio reforça a importância de colocar o Semiárido no centro
das discussões climáticas globais”.
Morais também ressalta que
‘a justiça climática deve ser uma prioridade’. As populações do Semiárido
contribuíram pouco para as emissões de carbono, mas estão entre as mais
afetadas pelas mudanças climáticas. O intercâmbio permite troca de experiências
e busca por soluções que diminuam os impactos do homem na natureza.
Estudos mostram que a região
semiárida do Brasil possui múltiplas vulnerabilidades em termos sociais,
ambientais, econômicos e institucionais. Além disso, possui suas fragilidades
físicas e naturais, características da região, como as secas históricas, a
baixa disponibilidade hídrica e o avanço dos processos de desertificação.
O evento é organizado pelo Centro Sabiá e pela Plataforma Semiáridos América Latina, com o apoio de Terre des Hommes Schweiz, em parceria com a AS-PTA e o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Do DP
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