sexta-feira, 24 de março de 2023

Policial civil acusado de vender armas tem demissão pedida por corregedoria

                       O policial civil acusado de vender armas de fogo de forma ilegal em um clube de tiros em Caruaru, no Agreste de Pernambuco, considerado o maior do Brasil, teve a demissão pedida pela Corregedoria-geral da Secretaria de Defesa Social (SDS).

A solicitação foi feita porque o agente licenciado Diego de Almeida Soares tem empresas privadas em seu nome e participava da administração do CTA Clube de Tiro e da loja Shop do Atirador. Segundo a corregedoria, isso fere o estatuto dos policiais civis.

Presidente da Associação dos Policiais Civis de Pernambuco, Diego ficou conhecido por ser alvo de uma operação da Polícia Federal (PF) e um dos personagens de uma reportagem do "Fantástico", da TV Globo, veiculada no domingo (19).

Ele também é réu em processos que envolvem falsidade ideológica e uso de documento falso.

O pedido de demissão de Diego Almeida Soares foi publicado no Boletim-Geral da Secretaria da SDS, na terça (21). Segundo a pasta, a decisão final sobre a demissão será da governadora Raquel Lyra (PSDB), como determinam as leis estaduais.

No texto do boletim, a secretária estadual de Defesa Social, Carla Patrícia Barros da Cunha, diz que foram acatadas a sugestão da 5ª Comissão Permanente de Disciplina Polícia Civil, o parecer da corregedora auxiliar civil, o parecer técnico da assessoria da Corregedoria Geral e o despacho homologatório da Corregedora Geral da SDS. Todos esses documentos apontam para a pena de demissão.

O policial foi preso pela Polícia Federal em 2022. Passou quatro meses na cadeia e foi solto em fevereiro deste ano. O clube tiros foi fechado e a PF apreendeu 2.555 armas. Segundo a corporação, essa é a maior apreensão dos últimos dez anos.

Diego será julgado pelo Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF5) pelos crimes de falsidade ideológica, uso de documento falso e comércio ilegal de arma de fogo.

O TRF5 também aceitou o pedido da Polícia Federal em Pernambuco para que as armas apreendidas em Caruaru sejam doadas para a PM do estado.

Diego ficou milionário com os empreendimentos, de acordo com as investigações da PF. O patrimônio saltou de R$ 390 mil, em 2018, para R$ 60 milhões, em 2021. Do G1PE

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