Na avaliação de
interlocutores próximos do presidente, Lula tem mais a perder do que a ganhar
com essa discussão. Eles temem que as seguidas declarações do petista
fortaleçam Moro como figura da oposição e lhe deem palanque no Senado, onde ele
acaba de assumir mandato e é tido como neófito na política.
Um ministro do PT afirma
que, com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) fora do país e correndo riscos de
tornar-se inelegível, Moro pode herdar o espólio de votos da direita e falas
contra ele ajudam na construção de sua imagem como liderança anti-Lula.
Nesta quinta-feira (23), o
presidente comentou o plano de integrantes do PCC para realizar ataques contra
autoridades. Ele afirmou que, “se for mais uma armação, Sergio Moro ficará mais
desmascarado ainda”.
Na terça (21), Lula
relembrou o período que passou preso, disse que xingava o ex-juiz e pensava em
vingança. “De vez em quando ia um procurador, de sábado ou de semana, para
visitar, ver se estava tudo bem. Entravam três ou quatro procuradores e
perguntavam: ‘Tá tudo bem?’. Eu respondia: ‘não tá tudo bem, só vai estar bem
quando eu f… esse Moro”, disse o presidente, em entrevista ao portal Brasil
247.
Reservadamente, assessores próximos já haviam classificado essas declarações como um “erro”, que teria colocado Moro em evidência desnecessariamente.
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