“A minha ida a Brasília
tinha como propósito participar dos protestos que ocorriam em frente ao QG do
Exército e aguardar o acionamento das Forças Armadas para pegar em armas e
derrubar o comunismo. A minha ideia era repassar parte das minhas armas e
munições a outros CACs [caçadores, atiradores e colecionadores] que estavam
acampados no QG do Exército assim que fosse autorizado pelas Forças Armadas”,
alegou, em depoimento à Polícia Civil.
George Washington foi preso
na noite de sábado (24/12), horas após as forças de segurança do DF recolherem
um explosivo nas proximidades do Aeroporto Internacional de Brasília.
O empresário afirmou ter
gastado cerca de R$ 160 mil em armas e R$ 600 em dinamite antes de sair de
Xinguara (PA) para a capital federal, onde participava de atos em frente ao QG
do Exército desde 12 de novembro.
O bolsonarista viajou do
Pará para Brasília em uma caminhonete, transportando duas escopetas de calibre
12; dois revólveres calibre 357; três pistolas; um fuzil calibre 308; mais de
mil balas de diversos calibres e cinco bananas de dinamite.
Em Brasília, inicialmente
ficou hospedado no Setor Hoteleiro Sul (SHS). Depois, alugou dois apartamentos
no bairro do Sudoeste.
Ainda em depoimento, George Washington
relatou que, antes de encontrarem uma bomba perto do aeroporto, em um
caminhão que transportava combustível, planejou ação semelhante em Taguatinga.
Em todas elas, contou com apoio de outras pessoas.
“Uma desconhecida sugeriu
que fosse instalada uma bomba na subestação de energia em Taguatinga, para
provocar a falta de eletricidade e dar início ao caos […]. O plano não evoluiu
porque ela não apresentou o carro para levar a bomba até a transmissora de
energia”, revelou.
A bomba encontrada perto do
aeroporto havia sido fabricada um dia antes e poderia ser acionada por controle
remoto, à distância de 50 a 60 metros. O empresário afirmou que entregou o
explosivo para um conhecido, que ficaria responsável pela detonação.
Na data do ocorrido, véspera
de Natal (24/12), ao perceber uma movimentação de policiais perto de onde
estava instalado temporariamente, George Washington arrumou as malas e guardou
as armas trazidas para Brasília, na intenção de voltar para o Pará.
Preso por volta das 19h,
George Washington foi autuado em flagrante por posse e porte irregular de arma
de fogo de usos permitido e restrito, pois obteve, fabricou ou empregou
“artefato explosivo ou incendiário” sem autorização ou em desacordo com a lei.
Além disso, a PCDF o autuou
com base na lei que dispõe sobre o terrorismo, por “usar ou ameaçar usar,
transportar, guardar, portar ou trazer consigo explosivos, gases tóxicos,
venenos, conteúdos biológicos, químicos, nucleares ou outros meios capazes de
causar danos ou promover destruição em massa”.
Contudo, ao converter a prisão de flagrante para preventiva, a Justiça do Distrito Federal manteve o empresário levou em conta apenas a legislação que trata do porte e da posse irregulares de armamentos. Apesar disso, a investigação policial pode continuar com base na Lei Antiterrorismo.
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