Ao fazer o questionamento,
Priscila Krause argumentou que, ao tratar de "projetos
estruturadores", o grupo de trabalho tomaria decisões que interfeririam na
gestão da governadora eleita Raquel Lyra (PSDB).
No ofício, enviado ao
coordenador da transição no atual governo, o secretário da Casa Civil, José
Neto, Priscila pediu a lista de projetos tratados pelo grupo, de atividades
previstas e seu cronograma.
A futura vice-governadora
também solicitou acesso a estudos, processos e até atas das reuniões já
realizadas.
O grupo de trabalho é
coordenado pelo secretário de Desenvolvimento Econômico, Geraldo Julio (PSB),
ex-prefeito do Recife.
Também integram o colegiado
os secretários Tomé Franca (Desenvolvimento Urbano e Habitação), Fernandha
Batista (Infraestrutura e Recursos Hídricos), Inamara Santos Mélo (Meio
Ambiente e Sustentabilidade) e Alexandre Rebêlo (Planejamento e Gestão).
Em nota, a Secretaria de Desenvolvimento
Econômico afirmou que o grupo de trabalho já existe desde 2019. A publicação da
portaria agora teria ocorrido para "a formalização da atual composição do
grupo".
Ainda de acordo com a pasta,
como o colegiado não tem reuniões marcadas até o final do ano, a portaria será
revogada.
Equipes de Raquel Lyra e
Paulo Câmara estão em processo de transição de governo. Na quinta (17), foi
realizada a primeira reunião entre os dois grupos.
Nesse encontro, no Recife, a
comissão do futuro governo levantou o debate sobre três temas, considerados
"importantes para o início de 2023": carnaval, ano letivo na rede
pública e enfrentamento da Covid.
Pernambuco tem uma norma que
regulamenta o processo de transição entre governos. A lei 260 foi promulgada
pelo Legislativo a partir de um projeto elaborado por Raquel Lyra, quando era
deputada estadual pelo PSB.
A transição é regida pelos
princípios de transparência e responsabilidade na administração pública, de
acordo com as normas.
Desde o período entre 2006 e
2007, Pernambuco não tem uma transição de governos envolvendo partidos
diferentes.
A última aconteceu quando
Mendonça Filho (União Brasil) era o governador e fez a transição para Eduardo
Campos (PSB).
Desde 2007, o PSB comanda
Pernambuco. Foram quase duas gestões de Eduardo, que saiu para se candidatar à
presidência da República e morreu em 2014, e duas de Paulo Câmara.
No fim da primeira gestão de Eduardo, quem ocupou o cargo de governador foi o pai de Raquel Lyra, João Lyra Neto.
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