terça-feira, 11 de outubro de 2022

Paulo Dantas chefiava esquema de servidores fantasmas para desviar verba da Assembleia de Alagoas,

                      A investigação que resultou no afastamento de Paulo Dantas (MDB) do cargo de governador de Alagoas aponta que, quando era deputado estadual, ele chefiou um esquema que usou servidores fantasmas para desviar recursos da Assembleia Legislativa. A TV Globo teve acesso a trechos da decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) na Operação Edema, deflagrada nesta terça-feira (11).

A assessoria do governador afastado informou que só iria se pronunciar sobre a operação após ter acesso à decisão do STJ.

A operação do Ministério Público Federal (MPF), que cumpriu 31 mandados de busca e apreensão, apura a participação de Paulo Dantas em um esquema que teria desviado R$ 54 milhões por meio de repasses ilegais feitos por funcionários de gabinete entre os anos de 2019 e 2021. Em 2022, Dantas foi eleito de forma indireta governador-tampão de Alagoas.

Dantas concorre ao segundo turno para o governo de Alagoas contra Rodrigo Cunha (União Brasil). A disputa representa a briga entre os grupos políticos mais importantes atualmente no estado. O primeiro é o candidato do senador Renan Calheiros (MDB), enquanto Cunha é apoiado pelo deputado federal Arthur Lira (PP).

Em seu perfil no Twitter, Renan Calheiros saiu em defesa de Dantas e acusou Lira de orquestrar perseguição contra o atual governador de Alagoas.

"A perseguição ao Paulo Dantas remonta a 2017. Foi parar no STJ por uma armação de Lira e lá perambulou por vários gabinetes até cair nas mãos certas da ministra bolsonarista Laurita Vaz, que não tem competência para o caso", postou o senador.

Entre outras coisas, as investigações apontaram que o esquema consistia no desvio de recursos públicos onde salários recebidos por servidores "fantasmas" da Assembleia eram sacados em espécie em agências da Caixa Econômica Federal em Maceió e repassados para terceiros.

Os investigadores decobriram "fortes indícios" de que o suposto esquema criminoso chefiado por Paulo Dantas tinha participação do seu cunhado, Theobaldo Cavalcanti Lins Netto, prefeito do município alagoano de Major Izidoro conhecido como Theobaldo Cintra (PP). 

CURTA NOSSA FANPAGE E PERFIL NO INSTAGRAM

https://www.instagram.com/afolhadascidades

https://www.facebook.com/afolhadascidades/

Nenhum comentário:

Postar um comentário