A assessoria do governador
afastado informou que só iria se pronunciar sobre a operação após ter acesso à
decisão do STJ.
A operação do Ministério
Público Federal (MPF), que cumpriu 31 mandados de busca e apreensão, apura
a participação de Paulo Dantas em um esquema que teria desviado R$
54 milhões por meio de repasses ilegais feitos por funcionários de gabinete
entre os anos de 2019 e 2021. Em 2022, Dantas foi eleito de forma indireta
governador-tampão de Alagoas.
Dantas concorre ao segundo
turno para o governo de Alagoas contra Rodrigo Cunha (União Brasil). A
disputa representa a briga entre os grupos políticos mais importantes
atualmente no estado. O primeiro é o candidato do senador Renan Calheiros (MDB),
enquanto Cunha é apoiado pelo deputado federal Arthur Lira (PP).
Em seu perfil no Twitter,
Renan Calheiros saiu em defesa de Dantas e acusou Lira de orquestrar
perseguição contra o atual governador de Alagoas.
"A perseguição ao Paulo
Dantas remonta a 2017. Foi parar no STJ por uma armação de Lira e lá perambulou
por vários gabinetes até cair nas mãos certas da ministra bolsonarista Laurita
Vaz, que não tem competência para o caso", postou o senador.
Entre outras coisas, as
investigações apontaram que o esquema consistia no desvio de recursos públicos
onde salários recebidos por servidores "fantasmas" da Assembleia eram
sacados em espécie em agências da Caixa Econômica Federal em Maceió e repassados
para terceiros.
Os investigadores decobriram "fortes indícios" de que o suposto esquema criminoso chefiado por Paulo Dantas tinha participação do seu cunhado, Theobaldo Cavalcanti Lins Netto, prefeito do município alagoano de Major Izidoro conhecido como Theobaldo Cintra (PP).
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