Segundo
o levantamento, o mandatário é o mais rejeitado entre os 11 pré-candidatos que
já se apresentaram até aqui para a disputa. Lula, o líder da pesquisa, tem uma
rejeição de 37,9%. De acordo com o cientista político Ricardo Guedes,
presidente do Instituto Sensus, nenhum candidato com uma rejeição tão alta como
a do ex-capitão consegue se eleger na segunda rodada da votação. Acrescente-se
a isso o fato de Bolsonaro também ter uma péssima avaliação no governo. Apenas
27,7% consideram a administração ótima ou boa, enquanto 44,8% julgam-na ruim ou
péssima.
“Abaixo
de uma avaliação positiva de 40%, o desempenho de um candidato torna sua
candidatura inviável”, diz Guedes, explicando que a margem de erro é de 2,2%
para mais ou para menos. Os pesquisadores estiveram em 108 municípios de 24
estados e o levantamento está registrado no TSE sob número 01631/2022.
A
vantagem petista
Em
termos de posicionamento dos candidatos mais bem avaliados pelos eleitores, a
pesquisa ISTOÉ/Sensus não difere muito das demais divulgadas até agora por
outros veículos de comunicação, mas, faltando seis meses para o pleito, muita
coisa ainda deve mudar, especialmente depois de 18 de maio, quando os partidos
da terceira via (PSDB, MDB, União Brasil e Cidadania) devem apresentar um
candidato único para enfrentar os dois líderes da corrida presidencial.
Conforme
o levantamento, Lula lidera a disputa com 43,3%, seguido por Bolsonaro, com
28,8%, por Ciro Gomes (PDT) com 6,3%, e por João Doria (PSDB) com 2,6% das
intenções de votos. A notícia boa para Doria é que ele aparece empatado
tecnicamente e dentro da margem de erro com Ciro. Em quinto,
surpreendentemente, está o deputado André Janones (Avante), do baixo clero, com
2%. Depois vêm Vera Lucia (PSTU), com 1,1% e a senadora Simone Tebet (MDB), com
0,8%.
De
acordo com Guedes, esses números dão ao petista a marca de 50,8% dos votos
válidos, tirando-se da conta os 7,8% dos votos brancos/nulos e 7,1% dos que
disseram não saber ou não responderam em quem pretendem votar. “Com o atual
quadro, Lula poderia ser eleito no primeiro turno se a eleição fosse hoje”,
cravou o presidente do Instituto Sensus.
A
vantagem do petista se espalha também nos cenários de segundo turno. Lula
venceria todos os seus oponentes. Bolsonaro estaria em empate técnico, dentro
da margem de erro com Ciro Gomes e João Doria. O ex-presidente também é o
preferido pelos eleitores para vencer a eleição, mesmo entre os que não votarão
nele. A pesquisa apontou que 52,7% dos entrevistados dizem acreditar que ele
será eleito presidente, enquanto apenas 31,2% acham que Bolsonaro deve ser
reeleito.
Os
candidatos da terceira via ainda não aparecem com destaque, mas está evidente
que há um bom espaço para crescimento. Segundo a pesquisa, 30,9% admitem que
podem vir a votar em um dos representantes dos partidos alternativos à
polarização. Por ora, 57,3% dos eleitores dizem que já definiram em quem
votarão, embora 22% afirmem que ainda não definiram o voto e outros 17,5%
tenham dito apenas ter preferências em quem votarão, sem uma definição sobre
qual tecla apertarão na urna eletrônica em outubro.
Nos cruzamentos de dados, Lula lidera nas regiões Norte, Nordeste, Centro-Oeste e Sudeste, enquanto Bolsonaro lidera somente no Sul. Lula tem mais votos femininos do que masculinos e Bolsonaro mais masculinos do que femininos. O petista lidera ainda entre todas as idades e é o preferido entre a população de renda mais baixa. Já Bolsonaro tem vantagem na população com escolaridade e renda mais altas. O que dá para entender por que Lula disse recentemente que a elite brasileira é “escravista” e a classe média ostentadora.
CURTA
NOSSA FANPAGE E PERFIL NO INSTAGRAM
Nenhum comentário:
Postar um comentário