quinta-feira, 3 de junho de 2021

Secretário de Defesa diz que ordem pra atirar em manifestação partiu da PM

                          O secretário de Defesa Social de Pernambuco (SDS), Antônio de Pádua, afirmou que teria partido do próprio campo operacional a ordem para atirar nos participantes durante o protesto pacífico contra Bolsonaro, ocorrido no sábado (29), no Recife. Ele disse que essa é uma das hipóteses investigadas pela Corregedoria Geral da SDS, que apura a conduta dos policiais durante a repressão violenta ao ato.

Nesta quinta-feira (3), oito policiais foram afastados, incluindo o agente que atingiu com uma bala de borracha o olho direito do arrumador de contêiners Jonas Correia de França, de 29 anos. São investigados, até o momento, um major, um capitão, um tenente, dois sargentos e três soldados.

Ele e o adesivador de táxis Daniel Campelo, de 51 anos, sequer estavam no ato e perderam a visão de um dos olhos ao serem agredidos pelos policiais.

"Existe, de acordo com as informações colhidas, a possibilidade, uma hipótese levantada pelo próprio comandante operacional, de que essa ordem teria partido diretamente do campo, em razão de, supostamente, ter sido agredido o policiamento. Mas isso são suposições que precisam ser confirmadas por imagens, por provas. Somente o depoimento não é suficiente para indicar, efetivamente, o início da ação contundente do Choque", afirmou o secretário de Defesa Social.

No momento em que a repressão ao protesto ocorria, Antônio de Pádua participava de reuniões e concedia entrevista sobre policiamento na quarentena contra a Covid-19, no Centro Integrado de Comando e Controle, de onde são monitoradas as operações policiais.

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