
O Superior
Tribunal de Justiça (STJ) determinou, nesta sexta-feira (28), o
afastamento imediato, inicialmente por seis meses, do governador Wilson
Witzel (PSC) do cargo por irregularidades em contratos na saúde. O
governador e outras oito pessoas, incluindo a primeira-dama Helena Witzel,
também foram denunciados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por
corrupção.
Não
há ordem de prisão contra o governador. As diligências foram autorizadas pelo
ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Benedito Gonçalves.
A
defesa de Witzel disse que "recebe com grande surpresa a decisão de
afastamento do cargo, tomada de forma monocrática e com tamanha
gravidade".
"Os
advogados aguardam o acesso ao conteúdo da decisão para tomar as medidas
cabíveis", diz a nota.
O pastor
Everaldo, presidente Nacional do PSC, foi preso na operação. O pastor foi
candidato à Presidência da República em 2014.
No
total, são 17 mandados de prisão, sendo 6 preventivas e 11 temporárias, e
72 de busca e apreensão.
Mandados
de prisão confirmados:
- Pastor Everaldo, presidente do PSC (preso);
- Lucas Tristão, ex-secretário de Desenvolvimento Econômico;
- Sebastião Gothardo Netto, médico e ex-prefeito de Volta Redonda (preso).
- contra a primeira-dama, Helena Witzel, no Palácio Laranjeiras;
- contra Cláudio Castro, vice-governador;
- contra André Ceciliano (PT), presidente da Assembleia Legislativa (Alerj);
- contra o desembargador do Trabalho Marcos Pinto da Cruz.
A
Procuradoria-Geral da República denunciou Witzel e mais oito pessoas por
corrupção sob suspeita de envolvimento em um esquema de desvios de recursos na
saúde.
A
acusação foi levada em conta pagamentos efetuados por empresas ligadas ao
empresário Mário Peixoto ao escritório de advocacia de Helena Witzel, mulher do
governador. Também são objeto da denúncia pagamentos feitos por empresa da
família de Gothardo Lopes Netto, médico e ex-prefeito de Volta Redonda, ao
escritório da primeira-dama.
Conforme
consta da acusação encaminhada ao STJ, a contratação do escritório de advocacia
consistiu em artifício para permitir a transferência indireta de valores de
Mário Peixoto e Gothardo Lopes Netto para Wilson Witzel.
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