
O
presidente do Tribunal de Contas da União, José Mucio Monteiro. defendeu uma
conciliação entre os três poderes como forma de ajustar o enfrentamento da
covid-19. Porque segundo ele, o “vírus da política” antecipou-se de certa forma
aos efeitos da corona vírus e já conseguiu politizar a tragédia que se
avizinha.
Falando
no programa Supermanhã com Geraldo Freyre, da Rádio Jornal, o ministro criticou
a forma absurda como se estabeleceu um debate sobre quarentena, cloroquina e
até assuntos não relacionados como as críticas a China, em detrimento da
questão central que está atrasando uma abordagem efetiva do problema.
Esse
debate, disse José Mucio, fez com que perdêssemos de uma grande chance
histórica de ter um grande e entendimento nacional para resolver a questão de
modo a enfrentar a doença e depois se voltar ao debate político normal “Mas
preferimos o inverso e se não estamos ajudaremos a sociedade”, lamentou.
O
ministro se preocupou em advertir sobre a questão da corona vírus nas camadas
renda mais baixa. “Nós temos 12 milhões de desempregados mais 30 milhões de
trabalhadores informais. Essa população não tem poupança vamos ter que
enfrentar os problemas e podemos ser ortodoxos. Nós somos cinco países
diferentes".
-
No Brasil, nem os pobres são iguais. O pobre do Nordeste é mais miserável que
os pobres do Sul e do Sudeste. Mas atuamos como se tivéssemos um remédio para
qualquer doença, disse o ministro do TCU.
José
Mucio disse que apesar desse cenário que assusta, o TCU é sensível. Essa crise,
diz o Ministro, é contra tudo que tem sido feito porque contraria tudo que o
TCU fazemos. Legislação, compras pelo preço mínimo. fiscalização. “Mas nós
estamos num mundo completamente diferente. Ou se faz o a gente vai ser
responsável pela morte de gente”.
Segundo
ele, o TCU criou um comitê com técnicos de profissionais da casa, CGU
procuradores para acompanhamento do que está sendo feito de quando terminar
volta a aplicar a metodologia. “Sermos responsáveis para passarmos pelo
problema. Mas não podemos permitir o liberou geral!
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Nós somos pagos para ser chatos,desconfiar pedir satisfação. Esse e o papel do
TCU. Saber, apontar culpados. Mas vivemos um momento único. Nos só víamos isso
em filme de ficção, mas isso é real.
O
presidente do TCU criticou duramente a proposta de mudanças nos critérios do
Plano Mansueto. Porque tem deputado propondo a mudança dentro de uma situação
emergencial para mudar a Lei de Responsabilidade Fiscal.
Tem
gente querendo se aproveitar a crise para mudar a LRF. Não. Não podemos. Porque
quando crise passar temos que voltar ao Brasil que nós temos antes dela e
discutir sem imperativo da emergência. Nós estamos atentos às medidas de
emergência atentos para não permitir algum interesse de politização da tragédia
José
Mucio finalizou sua entrevista num tom mais conciliador: Eu acho que não vamos
sair disso crise da covid-19, sem uma Grande conciliação. Temos três anos pela
frente. O governo não pode sair da epidemia isolado. Porque o legislativo o
judiciário não podem estar juntos sem o Executivo, disse o presidente do TCU.
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