
A
Justiça determinou, nesta quarta-feira (09), que o delegado Israel Lima Braga
Rubis volte a atuar na Delegacia de Arcoverde, no Sertão do Estado. A decisão
da 2ª Vara Cível da Comarca de Arcoverde atende ao pedido de tutela antecipada
proposto pelo Ministério Público de Pernambuco (MPPE), que apura uma suposta
motivação política na transferência do delegado para Vitória de Santo Antão,
determinada pela Secretaria de Defesa Social (SDS). A informação é do site do Jornal do Commercio.
No
pedido à Justiça para que a transferência fosse suspensa, o promotor Bruno
Miquelão destacou que “a própria população tem manifestado o interesse na
permanência da referida autoridade policial porque sente, de fato, a melhora na
segurança pública em Arcoverde e região”. O caso pode ter recurso por parte do Governo do Estado e SDS, que ainda não se pronunciaram sobre a decisão da justiça local.
Em
entrevista ao Ronda JC, na semana passada, Israel Rubis afirmou que foi
surpreendido pela mudança. “Não me foi dada a oportunidade de escolha. Fui
apenas comunicado pela Chefia da Polícia Civil. A população entendeu como uma remoção
política, em virtude de estarem sendo realizadas investigações contra
vereadores, e resolveu se mobilizar contra tal ato.”
Em
meio aos questionamentos, a Polícia Civil afirma que não há caráter político na
remoção. “Transferências de profissionais são corriqueiras e naturais dentro
não apenas na Polícia Civil, mas em qualquer órgão público. Os servidores
públicos devem ir ao encontro da necessidade da população e também atuar de
forma integrada dentro plano estratégico de segurança que traga resultados na
redução da criminalidade. Insinuar que a transferência técnica tem motivação
política é desconhecer completamente as razões reais ou tentar manipular os
fatos para tirar alguma vantagem com esse processo de desinformação da
população.”
O
promotor Bruno Miquelão também instaurou uma investigação para apurar os
motivos que levaram à troca de delegados. Alguns vereadores já teriam sido ouvidos sobre o caso. Ele determinou envio de ofício à SDS
requisitando informações num prazo de até dez dias. Entre as perguntas, o
promotor quer saber qual o interesse público na remoção do delegado, e se a
mudança de município foi voluntária ou não.
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