
Em
uma lista com 717 barragens de rejeitos de mineração no Brasil, pelo menos 88
têm método de construção de "alteamento a montante ou desconhecido",
segundo uma lista divulgada nesta quinta-feira (31) pela Agência Nacional de
Mineração (ANM). Entre elas, 43 são classificadas como barragens de alto dano
potencial associado.
O
método a montante é o mesmo das barragens da Vale que se romperam em Mariana,
em 2015, e Brumadinho, em 2019, e é considerado menos seguro por especialistas.
Os outros tipos de construção, considerados mais seguros, são
alteamento a jusante, linha de centro e etapa única.
Barragens
classificadas como barragens de alto dano potencial associado são estruturas
consideradas arriscadas no que se refere ao que pode acontecer em caso de
rompimento ou mau funcionamento de uma barragem. Essa classificação leva em
conta as perdas de vidas humanas e impactos sociais, econômicos e ambientais.
Ao todo, o Brasil tem cerca de 200 barragens nessas condições.
Além
de classificar o dano potencial, a ANM também categoriza as barragens de acordo
com o risco de de ocorrência de acidente. Entre as 88 barragens que têm método
de construção de "alteamento a montante ou desconhecido", 12 são
consideradas de médio risco.
A
maioria (72) é categorizada como estrutura de baixo risco - a mesma
classificação da barragem 1 do Córrego do Feijão, em Brumadinho (MG), que se
rompeu na última sexta-feira (25) deixando centenas de mortos e desaparecidos. Os últimos números são de 110 mortos e 238 desaparecidos.
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