O
presidente da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF),
ministro Alexandre de Moraes, ex-tucano de carteirinha, marcou para esta
terça-feira (17) o julgamento sobre a recebimento da denúncia contra
o senador Aécio Neves (PSDB-MG) em um dos inquéritos resultantes
da delação do empresário Joesley Batista, da JBS.
O
relator do caso é o ministro Marco Aurélio Mello, que integra a Primeira Turma
junto com Moraes, Luiz Fux, Rosa Weber e Luís Roberto Barroso. Segundo a denúncia,
apresentada há mais de 10 meses, Aécio solicitou a Joesley
Batista, em conversa gravada pela Polícia Federal (PF), R$ 2 milhões em
propina, em troca de sua atuação política. O senador foi acusado pelo
então procurador-geral da República, Rodrigo Janot, dos crimes de corrupção
passiva e tentativa de obstruir a Justiça.
Após
contestações da defesa de Aécio, a denúncia foi reiterada no fim
do mês passado pela atual procuradora-geral da República, Raquel Dodge, para
quem a “o senador vilipendiou de forma decisiva o escopo de um
mandato eletivo e não poupou esforços para, valendo-se do cargo público,
atingir seus objetivos espúrios”.
Aécio
Neves já negou diversas vezes qualquer irregularidade no pedido feito a Joesley
Batista, alegando que a quantia dizia respeito a um empréstimo pessoal, sem
nenhuma contrapartida em favor do empresário.
Também são alvos da mesma denúncia a irmã do senador, Andrea Neves, o primo dele, Frederico Pacheco, e Mendherson Souza Lima, ex-assessor parlamentar do senador Zezé Perrella (PMDB-MG) flagrado com dinheiro vivo. Todos foram acusados de corrupção passiva.
Também são alvos da mesma denúncia a irmã do senador, Andrea Neves, o primo dele, Frederico Pacheco, e Mendherson Souza Lima, ex-assessor parlamentar do senador Zezé Perrella (PMDB-MG) flagrado com dinheiro vivo. Todos foram acusados de corrupção passiva.
Em
nota, o advogado Alberto Toron, que representa Aécio Neves, disse que
o senador foi "vítima de uma situação forjada, arquitetada por criminosos
confessos que, sob a orientação do então procurador Marcelo Miller, buscavam
firmar um acordo de delação premiada fantástico".
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