quinta-feira, 18 de maio de 2017

Fachin negou pedido de prisão e não levará caso de Aécio ao plenário

           O ministro Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), negou o pedido de prisão do senador Aécio Neves (PSDB-MG) e não levará para o plenário a decisão sobre o assunto.

O plenário só avaliará o caso se o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, autor do pedido, decidir recorrer da decisão de Fachin.

Por muito menos o senador Delcídio do Amaral (PT) foi preso a mando do Supremo, numa decisão monocrática. Resta saber se o Procurador Janot vai ter coragem de recorrer ao plenário do STF.

O ministro Luiz Edson Fachin ainda homologou nesta quinta-feira (18) a homologação da delação premiada dos proprietários do frigorífico JBS, Joesley e Wesley Batista. A homologação dá validade jurídica às delações. 

De acordo com reportagem do jornal "O Globo", os donos da JBS disseram na delação à Procuradoria-Geral da República (PGR) que gravaram o presidente Michel Temer dando aval para comprar o silêncio do deputado cassado e ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (PMDB-RJ), depois que ele foi preso na Operação Lava Jato.

Em gravação, feita em março, o empresário diz a Temer que estava dando a Eduardo Cunha e ao operador Lúcio Funaro uma mesada para que permanecessem calados na prisão. Diante dessa informação, Temer diz, na gravação: "tem que manter isso, viu?"

Também na delação, Joesley entregou uma gravação à PGR na qual o senador Aécio Neves (MG), presidente do PSDB, é gravado pedindo ao empresário R$ 2 milhões. No áudio, com duração de cerca de 30 minutos, o presidente nacional do PSDB justifica o pedido dizendo que precisava da quantia para pagar sua defesa na Lava Jato.