O
ministro Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal
Federal (STF), negou o pedido de prisão do senador Aécio Neves (PSDB-MG) e não
levará para o plenário a decisão sobre o assunto.
O
plenário só avaliará o caso se o procurador-geral da República, Rodrigo Janot,
autor do pedido, decidir recorrer da decisão de Fachin.
Por
muito menos o senador Delcídio do Amaral (PT) foi preso a mando do Supremo,
numa decisão monocrática. Resta saber se o Procurador Janot vai ter coragem de recorrer ao plenário do STF.
O
ministro Luiz Edson Fachin ainda homologou nesta quinta-feira (18) a
homologação da delação premiada dos proprietários do frigorífico JBS, Joesley e
Wesley Batista. A homologação dá validade jurídica às delações.
De
acordo com reportagem do jornal "O Globo", os donos da JBS disseram
na delação à Procuradoria-Geral da República (PGR) que gravaram o presidente
Michel Temer dando aval para comprar o silêncio do deputado cassado e
ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (PMDB-RJ), depois que ele
foi preso na Operação Lava Jato.
Em
gravação, feita em março, o empresário diz a Temer que estava dando a Eduardo
Cunha e ao operador Lúcio Funaro uma mesada para que permanecessem calados na
prisão. Diante dessa informação, Temer diz, na gravação: "tem que manter
isso, viu?"
Também
na delação, Joesley entregou uma gravação à PGR na qual o senador Aécio Neves
(MG), presidente do PSDB, é gravado pedindo ao empresário R$ 2 milhões. No
áudio, com duração de cerca de 30 minutos, o presidente nacional do PSDB
justifica o pedido dizendo que precisava da quantia para pagar sua defesa na
Lava Jato.