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A AESA é uma das que pena com a falta dos recursos do Proupe |
Treze
presidentes de autarquias municipais instaladas em Pernambuco estiveram no Recife, para participar de mais uma rodada de conversas sobre o atraso nos
repasses do Programa Universidade para Todos em Pernambuco – PROUPE. O grupo
também tentou se reunir com representantes do Governo do Estado, mas não foi
atendido. “Não tinha ninguém para nos receber. Disseram que alguns estavam em
horário de almoço e outros ocupados. Um desrespeito”, comentou a professora Ana
Gleide, presidente da Autarquia de Belém do São Francisco.
Também
estavam representadas as autarquias de Petrolina, Afogados da Ingazeira,
Araripina, Arcoverde, Belém do São Francisco, Belo Jardim, Cabo de Santo
Agostinho, Garanhuns, Goiana, Limoeiro, Palmares, Salgueiro e Serra Talhada.
Segundo o presidente da Associação das Instituições de Ensino Superior do
estado de Pernambuco (ASSIESPE), Rinaldo Remígo, os atrasos nos pagamentos já
somam um valor de R$ 4 milhões e acarretam acúmulos de despesas com folha de
pagamento e manutenção básica das instituições de ensino.
O
PROUPE é um recurso destinado às autarquias municipais que oportuniza, através
de bolsas de estudo, o ingresso de pessoas de baixa renda nas instituições de
ensino superior. Desde 2015 a oferta de bolsas caiu cerca de 50% e hoje o
número de beneficiados chega a 7 mil estudantes, esse número era de mais de 14
mil. Para Simão Rosembaum, presidente da Autarquia de Goiana, o Governo do
Estado tem virado as contas para as autarquias educacionais. Ele conta que a
Instituição que administra não recebe os repasses desde setembro e que os
salários de funcionários contratados e cargos comissionados estão atrasados.
As
tentativas de se reunir com o Governo do Estado, para sanar o impasse, se
arrastam pelos últimos seis meses, conta o presidente da ASSIESPE. Rinaldo
Remígio destaca ainda o empenho que os presidentes estão oferecendo para
regularizar os pagamentos. “O que nos entristece é que estamos vindo de todas
as regiões do estado. Somos professores que representam mais de 20 mil alunos e
não fomos atendidos porque estavam no horário de almoço”, lamenta Remígio. Do blog do Magno Martins.