As
negociações sobre reajuste salarial para os membros da Polícia Militar e do
Corpo de Bombeiros de Pernambuco só começam no ano que vem. É o que informa a
nota oficial dos Comandos Gerais das corporações, divulgada nesta quarta-feira
(7). A primeira reunião entre os comandos militares e o Núcleo de Gestão do
governo do estado com o objetivo de construir proposta só vai acontecer no dia
4 de janeiro de 2017.
Este
anúncio contraria os interesses das categorias, que esperam uma resposta do
governo do estado com a abertura de negociação salarial até as 14h de
sexta-feira (9). O
prazo foi delimitado após um ato promovido pelos PMs e bombeiros na terça-feira
(6), iniciada com uma passeata no Centro do Recife e encerrada com uma
assembleia em frente ao Palácio do Campo das Princesas, no bairro de Santo
Antônio.
A
nota assinada pelos comandantes gerais da Polícia Militar, coronel Carlos
D'Albuquerque, e do Corpo de Bombeiros, coronel Manoel Cunha, acrescentou que
"era de conhecimento de todos" que as negociações com o governo sobre
as condições remuneratórias da tropa teriam início apenas em abril de 2017.
No
entanto, "por solicitação dos comandos das corporações, o Governo pactuou
com os mesmos um calendário que prevê encaminhamento à Assembleia de projeto de
lei na abertura dos trabalhos legislativos de 2017, que ocorrerá na primeira
semana de fevereiro".
Para
um membro da categoria, a nota faz parte da estratégia do governo. “Se tiver
greve, a culpa é do governo. O governo está pagando para ver. O prazo desta
sexta-feira está mantido, independente dessa nota e do Governo ter decretado
feriado na sexta”, declarou José Roberto Vieira, presidente da Associação de
Praças dos Policiais e Bombeiros Militares de Pernambuco (Aspra-PE).
Até
a sexta (9), fim do prazo determinado pelo movimento, os policiais e bombeiros
realizam operação-padrão. Isso significa que atuam apenas nas ocorrências mais
graves e na posse de todos os equipamentos de proteção individual devidos. Eles
também decidiram entregar os cargos de jornada extra, que tem sete mil vagas na
PM. G1