Mais
de mil cidades brasileiras estão em situação de emergência por causa da seca. Segundo
levantamento do portal G1, a situação é mais grave na região Nordeste. No Rio
Grande do Norte, por exemplo, a seca atinge mais de noventa por cento dos
municípios. Embora o Nordeste seja a
região mais afetada, a seca também tem prejudicado o Centro-Oeste, Norte e
Sudeste.
Dados
da Agência Nacional de Águas (ANA), que monitora 511 açudes do Nordeste,
mostram que o nível dos açudes que abastecem a região é de apenas 19%.
Para
repercutir esse cenário alarmante, o deputado Zeca Cavalcanti, do PTB de
Pernambuco, que presidiu, no ano passado, a Comissão Externa de Combate à Seca
no semiárido nordestino concedeu entrevista ao programa “Com a Palavra” da
Rádio Câmara.
Segundo
o parlamentar, o problema da seca não é apenas do Nordeste, mas se estendeu
para o Sul e Sudeste, embora que na região nordestina o problema seja mais
grave. Defendeu fórmulas de convivência com a seca, já que é um problema
climático e cíclico.
Para
o parlamentar, entre as medidas a serem tomadas estão a abertura de poços
artesianos e poços profundos, além de um projeto de desenvolvimento
sustentável. Para ele, é preciso diminuir a desigualdade social na região. Lembrou
do Projeto de lei de sua autoria que cria formas inovadoras para garantir a sobrevivência,
com incentivos para que seja aproveitado o sol para a geração de energia nas
pequenas propriedades.
Zeca
Cavalcanti disse que é “preciso fazer estudo para aumentar os reservatórios de
água no nordeste, unindo esforços dos órgãos federais, para buscar águas
subterrâneas”. É preciso que os órgãos falem uma linguagem só, disse o parlamentar
trabalhista. Fianlizou defendendo a instalação de um centro de pesquisa de
desastres naturais e tecnológico no semiárido e defendeu a dessalinização da
água do mar, como forma alternativa de combater a falta de água nas grandes
cidades.