Os
advogados do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da ex-primeira dama
Marisa Letícia afirmaram em nota que as conclusões do relatório do delegado da
Polícia Federal Marco Antonio Anselmo que indiciou
na sexta-feira (26) Lula, Marisa e mais três pessoas por crimes como
corrupção ativa, passiva e lavagem de dinheiro “tem caráter e conotação
políticos e é, de fato, peça de ficção”.
Segundo
o advogado Cristiano Zanin Martins, o relatório parte de falsas premissas e
contém erros jurídicos. A defesa de Lula repudiou veementemente o indiciamento
de seus clientes. Zanin acusa o delegado responsável pelo inquérito de não ser
isento para fazer a investigação.
A
defesa de Lula disse que só soube do inquérito há dois dias, por causa de um
erro do Ministério Publico. E que pediu acesso aos autos ao juiz Sérgio Moro,
que só permitiu esse acesso após recurso ao Supremo Tribunal Federal.
O
advogado disse que não cogita jamais prisão de seu cliente porque, segundo
ele, não houve crime.
“Não
há nenhum requisito legal que pudesse autorizar a prisão do ex-presidente Lula.
A prisão pressupõe diversos requisitos. É uma medida drástica e que o juiz só
pode adotar se estiverem presentes os requisitos legais. Com base na lei eu não
cogito jamais a prisão, primeiro porque o ex-presidente Lula não praticou
nenhum crime. A prisão seria uma situação de arbitrariedade extrema.”