quinta-feira, 4 de agosto de 2016

Eduardo era "cliente" do esquema que desviou mais de R$ 600 milhões

         Apontado e venerado como um símbolo da nova política, coincidência a mesma temática que o PSB vem usando em Arcoverde, o nome do ex-governador Eduardo Campos não parece ter ficado de fora da série de escândalos financeiros com dinheiro público. O Ministério Público Federal apontou o ex-governador como beneficiário, ao lado do senador Fernando Bezerra Coelho, como beneficiário do esquema de lavagem de dinheiro descoberto pela Operação Turbulência.

O esquema era operado pelos empresários João Carlos Lyra Pessoa de Mello Filho e Eduardo Freire Bezerra Leite, dois dos 18 denunciados pela Procuradoria da República no Estado com base no inquérito que levou a Operação Turbulência.

De acordo com o processo, os empresários agiam como agiotas para integrantes da sua própria rede de contatos entre eles o “laranja” Paulo Cesar de Barros Morato, encontrado morto um dia após a operação. As investigações concluíram que esses clientes (Eduardo, Fernando e outros) recebiam empréstimos de montantes altos, com juros de 2% e curto período de resgate. A “venda” do dinheiro era uma forma de fazer o “branqueamento” dos recursos desviados das empreiteiras. 

O PSB desmentiu as investigações da Polícia Federal e defende a imagem de Eduardo Campos. O senador Fernando Bezerra diz em nota que são "absolutamente imprecisas" as afirmações feitas pela Procuradoria da Repúbica em Pernambuco na denuncia oferecida.