No
último dia 2 de dezembro a prefeita de Arcoverde, Madalena Britto (PSB), esteve com o diretor presidente do Detran-PE, Charles Ribeiro, para pedir apoio no combate
ao mosquito Aedes aegypti. A ideia era solicitar ao Detran a retirada dos
veículos que se encontram abandonados no centro e na zona rural de Arcoverde
que “serviriam de foco do mosquito” (obrigação da prefeitura que tem poder de
polícia para fazer isso, sem precisar do Detran).
Considerando
que mais de 90% dos focos estão nas residências, que a prefeitura não mexeu uma
palha para tirar esse veículos, ir até o Detran para vir a Arcoverde e combater
o mosquito Aedes aegypti em nada contribuiu para amenizar o drama da dengue,
chikungunya e zika que atinge milhares de arcoverdenses. E o Detran atendeu ao
pedido da prefeita e mandou para a cidade uma equipe de fiscalização.
O resultado
é que o pessoal do Detran veio até a Arcoverde, mas ao invés de fiscalizar os
focos do mosquito, eles aproveitaram para fazer a fiscalização e multaram
centenas de motos e carros em plena época de crise, mas aproveitando a
irregularidades dos condutores. Ou seja, ao invés do Detran vir combater o
mosquito Aedes aegypti, ele chegou a Arcoverde para combater as irregularidades
e dezenas de motos foram apreendidas de quinta-feira até este domingo.
Só
pra se ter uma ideia de quanto a prefeitura já arrecadou através do Detran,
considerando apenas o IPVA, em 2015 já foram transferidos para os cofres da
prefeitura a quantia de R$ 2.401.950,47 (dois milhões, quatrocentos e um mil,
novecentos e cinquenta reais e quarenta e um centavos). Se falta dinheiro para
combater o mosquito, bem que a prefeitura poderia aproveitar os recursos
advindos do IPVA e do festival de multas que vem ocorrendo em Arcoverde.