Em artigo liberado na sua rede social, o
professor e diretor do Centro de Ensino Superior de Arcoverde – CESA, Franklin
Freire, fez uma análise dos recentes dados do Índice
Geral de Cursos (IGC), divulgado pelo Ministério da Educação e que serviu de
matérias para alguns sites de formas distintas. Confira abaixo as explanações e
detalhes sobre a tal avaliação.
O principal indicador de
qualidade das Instituições de Ensino Superior (IES) no Brasil é o Índice Geral
de Cursos (IGC). Em uma escala que vai de 1 a 5, o índice leva em conta a
situação de cursos de graduação, através da média dos últimos resultados
disponíveis do Conceito Preliminar de Cursos (CPC) dos cursos avaliados da
instituição no ano do cálculo e nos dois anteriores, ponderada pelo número de
matrículas em cada um dos cursos computados, e também a nota Capes, que mede o
desempenho na pós-graduação (mestrado e doutorado).
Durante o último ciclo de
avaliação, realizado em 2014, o Ministério da Educação (MEC) classificou
diversos cursos superiores e os resultados foram divulgados recentemente no
portal do Inep. Cada área do conhecimento é avaliada de três em três anos pelo Enade.
Por isso, o IGC tem como base os cursos avaliados nos últimos 3 anos pelo MEC. As
instituições que não conseguem atingir 3 pontos no IGC são consideradas
insatisfatórias e entram na mira do MEC, podendo sofrer sanções e medidas para
sanar os problemas encontrados pelo ministério.
Pois bem. Com tal notícia
tomando os principais meios de comunicação, parte da imprensa local, de maneira
leviana e irresponsável, divulgou informações errôneas, tiradas de seu contexto
original, com o propósito único de macular a imagem de nossa instituição sem a
devida indagação do fato, bem como o devido direto de esclarecimento. Assim, na
posição de diretor do CESA, sinto-me na obrigação de realizar alguns
esclarecimentos.
Enquanto uma reportagem
sustenta que o CESA estava entre as piores instituições do Brasil e utiliza
dados desatualizados de 2013, cujo IGC, à época, era de 1,212, desconsiderou
totalmente o conceito publicado na avaliação atual, que é de 1,944 (2014). Tal
índice já passa a refletir o investimento feito pela IES em apenas um ano na
melhoria da avaliação, fruto de melhorias na infraestrutura, renovação de todo
o acervo bibliográfico, capacitação de professores e mudanças na estrutura
didático-pedagógica. A nota atual de 1,944 deixa-nos a apenas 0,002 do índice
IGC 3.
Outra reportagem trata
especificamente do curso de Biologia, o qual, dentre todos os cursos avaliados
no CESA, apresentou a maior melhora na comparação entre suas duas últimas
avaliações, passando da nota 0,788 em 2011, para a de 1,788 em 2014. Cabe
ressaltar ainda que, atualmente, o curso de Biologia é o que possui o maior
número de professores especializados, contando com mestres, doutores e um
pós-doutor, além de respeitáveis especialistas com vastos anos de experiência
na formação de profissionais.
Tivemos acentuada melhoria
nos cursos de Matemática e História, ambos com IGC 3, colocando-nos entre os
melhores do estado. No ano de 2008 o curso de História estava entre os 5 piores
do Brasil com IGC 1, realidade diferente da atual.
Em ambas as avaliações, o
que nos prejudicou de forma direta foi nosso regime de trabalho, que em uma
conceituação de 0 a 5, apresentou a nota mais baixa de todas, devido tão
somente ao regime horista ainda vigente na AESA. Essa nota corresponde a 30% da
nota do ENADE e compõe, por conseguinte, parte do IGC. Esclareço que a
modificação do regime de trabalho do CESA foi defendida pela Direção desde os
primórdios de nossa gestão, mas não nos cabe a tomada de decisão administrativa
de tal modelo, sendo responsabilidade administrativa da autarquia e não de suas
faculdades.
Direcionado a notícia em
questão, esclarecemos à toda comunidade docente, discente, funcionários/as e à
comunidade em geral, que o curso de Biologia do CESA não teve seu nome citado
ou publicado por outra forma em nenhuma lista do MEC. Os despachos do MEC foram
publicadas no último de 23/12/2015 sob os números 97, 98 e 99. Esse último
lista de forma clara o nome dos 68 cursos que não poderão realizar vestibulares
no ano de 2016; ainda em consulta ao Diário Oficial da União, o nome do CESA,
do curso de Biologia ou de qualquer outro curso não estão presentes,
diferentemente do noticiado pela referida reportagem. Em Pernambuco somente
seis cursos tiveram seus vestibulares suspensos.
Nossa vinculação direta é com
o Conselho Estadual de Educação de Pernambuco – CEE/PE e não com o MEC, o que
não quer dizer que não tenhamos que seguir as resoluções que norteiam a
educação superior brasileira. Somos parte do sistema educacional de Pernambuco
e assim respeitamos as diretrizes deste respeitável conselho regulador
educacional.
A realidade é que tais índices, infelizmente, nem sempre evidenciam a realidade de nossos centros acadêmicos. Por trás desses números, existe o trabalho árduo, respeitável e corajoso dos que fazem a educação neste país. Existem pessoas e instituições que merecem ser respeitadas como partes integrantes de um todo que é o CESA, que representa Arcoverde e toda uma região.
Desconhecemos os desejos que motivam este tipo de reportagem, que acaba por criar um desconforto entre aqueles que por aqui passaram e que construíram sua história. Nós do CESA vislumbramos uma educação de qualidade, impondo-nos de metas e objetivos exigentes em busca da constante melhora na qualidade de nossos cursos.
Nossa resposta, como sempre,
virá com muito trabalho: começaremos 2016 com um novo curso de graduação em
Gestão Comercial, primeiro a nível tecnológico de nossa IES - que agora conta
com 7 cursos de graduação ao total –, trabalharemos para implantação de outros
dois novos cursos, além da realização de um respeitável congresso educacional
anual, a implantação de 400 bolsas no PIBID e mais de 1000 bolsas no PROUPE e 6
cursos de pós-graduação a nível de especialização com mais de 400 alunos matriculados.