É
que, segundo demonstrou o vereador do Avante, a atual vice-presidente da Câmara
Municipal, a vereadora Luiza Margarida (PSB), abriu uma sessão extraordinária
mesmo diante da presença do presidente da casa, o vereador Siqueirinha, que já
havia encerrado a sessão ordinária, para aprovar um projeto de lei devolvendo o
prédio da “Prefeitura Velha” ao governo municipal.
O chamado “golpe branco” de nada serviu, porque a tal sessão extraordinária, que deveria ter sido convocada com antecedência de 72 horas segundo a Lei Orgânica de Arcoverde, não teve nenhuma validade devido a ilegalidade da mesma. O prédio foi oficialmente entregue à Câmara de Vereadores na gestão anterior, da Prefeita Madalena Britto, como o blog noticiou em novembro do ano passado, para utilizar o local como um anexo do Legislativo Municipal.
A
Sessão Extraordinária ilegal pode custar muito caro à vice-presidente, Luíza
Margarida. A vereadora, que já enfrenta diversas denúncias de irregularidades
da época em que o atual presidente, assumiu a Prefeitura, no início do ano
passado, pode vir a responder pelo crime de Prevaricação, previsto no
artigo 319 do Código Penal, com pena prevista de três meses a um ano de prisão,
e multa.
“O
crime é evidente e muito grave. De acordo com Regimento Interno da Câmara, a
convocação de Sessão Extraordinária é prerrogativa exclusiva do Presidente do
Legislativo Municipal, o vereador Wevertton Siqueira. E o rito exige
antecedência de 72 horas. Ou seja: além de não ter autoridade para convocar a
sessão, a vice-presidente também desrespeitou o rito legal obrigatório. Ao meu
ver, a probabilidade dela ser processada pelo crime de Prevaricação é bastante
alta”, explicou o advogado Antonio Ribeiro Junior, do Jurídico da Câmara e
autor da queixa-crime, apresentada no Ministério Público.
“É
lamentável que a colega Luíza Margarida tenha cometido um erro tão primário e
tão grave. Nós tivemos muito cuidado com esse procedimento judicial. Por isso,
só recentemente foi dada entrada na queixa-crime. Pedi aos nossos advogados que
analisassem tudo com muita atenção. Afinal, trata-se de um erro coletivo,
envolvendo não só a vice-presidente como todos os vereadores da bancada do
governo, que foram coniventes e partícipes do crime de prevaricação. Mas
trata-se de uma infração penal e, como Presidente da Câmara, eu tinha a
obrigação de determinar ao nosso Jurídico para tomar as providências”, disse
Siqueirinha.
Agora, cabe ao Ministério Público analisar o caso e enviar para a Justiça julgar o ato. “Considero uma tentativa frustrada de Golpe Parlamentar”, afirmou o Presidente Wevertton Siqueira.
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