Em
defesa à lisura das eleições, o TSE simulou os novos testes às urnas na última
semana, para afastar a possibilidade ataques cibernéticos às máquinas. A
análise já estava prevista, segundo o rito da Corte, mas ocorre em meio às
críticas do presidente Jair Bolsonaro (PL) ao sistema eleitoral brasileiro.
No
mês de novembro, durante quase uma semana, especialistas em tecnologia da
informação tentaram acessar o sistema das urnas para identificar possíveis
falhas de segurança. O trabalho reuniu investigadores, hackers, programadores,
representantes de universidades e peritos da Polícia Federal.
O
processo é chamado Teste Público de Segurança do Sistema Eletrônico de Votação
(TPS). Nele, os pesquisadores repetem cinco planos de exportação de
vulnerabilidades do equipamento.
Os
exercícios aplicados em novembro de 2021, fase anterior do ciclo de testes
públicos das urnas, geraram sugestões de aperfeiçoamento das urnas, mas não
apresentaram falhas em relação a possíveis ataques hackers.
Apenas
cinco dos 29 "ataques" ao sistema conseguiram burlar alguma das
barreiras de proteção do TSE. Nenhum deles chegou perto de acessar o sistema
das urnas ou da apuração. Nesta última rodada, durante esta semana, foram
resolvidas todas as cinco inconsistências encontradas pelos especialistas no
processo colaborativo.
Mesmo com o risco descartado, o TSE informou ter corrigido as falhas apontadas pelo teste do ano passado. Nesta sexta-feira, os equipamentos já atualizados foram submetidos a novas avaliações dos investigadores.
Desde
que foi eleito, o presidente Jair Bolsonaro (PL) e apoiadores afirmam que as
eleições de 2018 foram fraudadas e que a chapa teria ganhado em primeiro turno
contra Fernando Haddad (PT). O chefe do Executivo chegou a sugerir que as
Forças Armadas fizessem uma apuração paralela nas eleições deste ano.
Em transmissão ao vivo, em 29 de julho de 2021, Bolsonaro prometeu apresentar uma “prova bomba” sobre supostas fraudes em 2014 e 2016. No entanto, nunca apresentou nenhum fato concreto sobre o assunto e depois afirmou que tinha apenas indícios de supostas irregularidades e falhas nas urnas.
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