quinta-feira, 3 de março de 2022

Ucrânia e Rússia têm nova rodada de negociações sobre cessar-fogo


Uma semana após a invasão da Ucrânia pela Rússia, Moscou e Kyiv devem participar, nesta quinta-feira (3), em uma segunda rodada de negociações visando um eventual cessar-fogo na guerra, que já provocou a fuga de um milhão de refugiados.

A reunião acontecerá um dia após a queda da cidade portuária de Kherson, de 290 mil habitantes, no sul do país, às margens do Mar Negro. 

Esta é a maior vitória até o momento das tropas russas, que prosseguem com a ofensiva em cidades do leste do país, como Kharkiv e Mariupol.

Centenas de civis ucranianos morreram desde o início da invasão, que será investigada pelo procurador do Tribunal Penal Internacional (CPI), o britânico Karim Khan, por supostos crimes de guerra após as acusações de Kiev de bombardeios contra zonas residenciais.

As autoridades de Kherson confirmaram na quarta-feira à noite a queda da cidade, mas informaram que a bandeira ucraniana permanece hasteada nos edifícios públicos.

"Os ocupantes estão em todas as partes da cidade e são muito perigosos", declarou o chefe da administração regional, Guennady Lakhuta, no Telegram.

O prefeito de Kherson, Igor Kolykhayev, afirmou ter conversado com as tropas invasoras e que impôs um toque de recolher noturno, assim como restrições ao uso de automóveis.

"Até agora tudo está indo bem. A bandeira hasteada acima de nós é a ucraniana. E para que isso continue, estas exigências devem ser respeitadas", acrescentou.

O exército russo anunciou na madrugada de quarta-feira a tomada de Kherson, localizada a 100 quilômetros da península da Crimeia, que Moscou anexou em 2014.

As tropas invasoras já tomaram o controle de outro importante porto do país, Berdyansk, e estão atacando Mariupol, cujo prefeito, Vadim Boichenko, afirmou que a cidade está "sem energia elétrica, sem água, sem calefação".

A situação "piora a cada hora", disse Maryna, de 28 anos, antes de afirmar que o centro da cidade foi esmagado.

Se esta cidade cair, a Rússia poderia garantir uma continuidade territorial entre as forças procedentes da península da Crimeia e as unidades dos territórios separatistas pró-Moscou da região de Donbass (sudeste).

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