Uma
semana após a invasão da Ucrânia pela Rússia, Moscou e Kyiv
devem participar, nesta quinta-feira (3), em uma segunda rodada de negociações
visando um eventual cessar-fogo na guerra, que já provocou a fuga de um
milhão de refugiados.
A
reunião acontecerá um dia após a queda da cidade portuária de Kherson, de
290 mil habitantes, no sul do país, às margens do Mar Negro.
Esta
é a maior vitória até o momento das tropas russas, que prosseguem com a
ofensiva em cidades do leste do país, como Kharkiv e Mariupol.
Centenas
de civis ucranianos morreram desde o início da invasão, que será investigada
pelo procurador do Tribunal Penal Internacional (CPI), o britânico Karim Khan,
por supostos crimes de guerra após as acusações de Kiev de
bombardeios contra zonas residenciais.
As
autoridades de Kherson confirmaram na quarta-feira à noite a queda da cidade,
mas informaram que a bandeira ucraniana permanece hasteada nos edifícios
públicos.
"Os
ocupantes estão em todas as partes da cidade e são muito perigosos",
declarou o chefe da administração regional, Guennady Lakhuta, no Telegram.
O
prefeito de Kherson, Igor Kolykhayev, afirmou ter conversado com as tropas
invasoras e que impôs um toque de recolher noturno, assim como restrições
ao uso de automóveis.
"Até
agora tudo está indo bem. A bandeira hasteada acima de nós é a ucraniana. E
para que isso continue, estas exigências devem ser respeitadas",
acrescentou.
O
exército russo anunciou na madrugada de quarta-feira a tomada de Kherson,
localizada a 100 quilômetros da península da Crimeia, que Moscou anexou em
2014.
As
tropas invasoras já tomaram o controle de outro importante porto do país, Berdyansk,
e estão atacando Mariupol, cujo prefeito, Vadim Boichenko, afirmou que a cidade
está "sem energia elétrica, sem água, sem calefação".
A
situação "piora a cada hora", disse Maryna, de 28 anos, antes de
afirmar que o centro da cidade foi esmagado.
Se
esta cidade cair, a Rússia poderia garantir uma continuidade
territorial entre as forças procedentes da península da Crimeia e as
unidades dos territórios separatistas pró-Moscou da região de Donbass
(sudeste).
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