Este
uso dos recursos da imunização levou o TCU (Tribunal de Contas da União) a
abrir um processo para investigar indícios de irregularidades.
O
plenário do órgão determinou a abertura do processo na última quarta-feira
(13). O relator da proposta foi o ministro Bruno Dantas.
Para
usar o dinheiro voltado à vacinação, as Forças Armadas fazem uso de uma
parceria estabelecida entre os Ministérios da Saúde e da Defesa. As duas pastas
assinaram um TED (termo de execução descentralizada), que permite que a Saúde
abra mão de recursos à Defesa, para que os militares auxiliem na logística da
imunização.
Indícios
de irregularidades no uso desses recursos entraram no radar da CPI da Covid no
Senado e do TCU. O TED prevê repasses de R$ 95 milhões à Defesa.
O
responsável pela parceria foi o coronel do Exército Elcio Franco Filho, que
exercia o cargo de secretário-executivo do Ministério da Saúde. Ele era o braço
direito do general da ativa Eduardo Pazuello, ministro da Saúde até março deste
ano. Os dois foram demitidos, e hoje estão abrigados em cargos de confiança no
Palácio do Planalto.
Elcio
assinou o TED pelo Ministério da Saúde, em 19 de janeiro. No mês anterior, em
dezembro de 2020, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) havia assinado uma
MP (medida provisória) para liberar R$ 20 bilhões para compra de vacinas contra
a Covid-19.
Os
R$ 95 milhões do TED são provenientes dos recursos destravados pela MP para
compra e distribuição de imunizantes, como confirmou o Ministério da Saúde.
Na
atual gestão de Marcelo Queiroga na Saúde, um aditivo prorrogou a parceria até
janeiro de 2022 –antes, o prazo previsto era até novembro de 2021. Os termos do
TED, porém, permitem que ele funcione por até cinco anos.
Uma reportagem publicada em 1º de maio pela Folha deu detalhes sobre os primeiros gastos das Forças Armadas após a militarização de parte da vacinação contra a Covid-19.
CURTA NOSSA FANPAGE E PERFIL NO INSTAGRAM
Nenhum comentário:
Postar um comentário