Sob
a fala alegação de que Arcoverde pode perde a COPE (Central de Oportunidades) e
a Agencia do Trabalho instalada desde 2006, trava-se uma batalha política aonde
o maior perdedor poderá ser o patrimônio histórico de Arcoverde. Por questão de
endereço a Agência do Trabalho não deixará de funcionar no município, pois após
incêndio ocorrido no prédio da Prefeitura Velha por descaso do Governo do
Estado que não fez a manutenção devida, ela funcionou muitíssimo bem em outro
prédio locado pela municipalidade. E o COPE, esse é que não perde mesmo. Só se o
governo quiser, ou não quiser.
Assim
fizeram com o antigo Cinema Bandeirantes, que mesmo diante da luta do movimento
cultural, sucumbiu ao antigo Balaio. A antiga escola aonde funciona o Verdes
Arcos que deu lugar a um prédio moderno e enterrou mais um capítulo da história
mesmo com uma lei de preservação de 2009 em vigor que tombava o local.
“É
responsabilidade do Poder Público Municipal, com a participação da sociedade,
planejar, fomentar políticas públicas de cultura, assegurar a preservação e
promover a valorização do patrimônio cultural, material e imaterial do município
de Arcoverde...”. Isso, está no artigo 5º da Lei Complementar 007/2018 que
dispõe sobre o Sistema Municipal de Cultura de Arcoverde. Mas preservação é o
que menos importa, o que importa é a disputa política, movida por rancores, que
colocam em risco um dos poucos e restantes patrimônios culturais da história de
Arcoverde que caminha para seus 100 anos sem memória, sem registros, só com
lembranças.
Pra
encerrar, sobre o COPE, a tal Central de Oportunidades que vai promover
empregos sem parar em Arcoverde como diziam com o Shopping Center que nunca gerou
um só emprego, podemos pegar o exemplo de Afogados da Ingazeira para sabermos o
tamanho dele.
Além
dos atos de improbidade, já que foram feitos gastos com projetos diante da
doação há mais de 02 anos do prédio pela Prefeitura à Câmara de Vereadores, os
nobres vereadores, muitos deles que aprovaram a Lei de preservação de 2009 e a
lei que criou o Sistema Municipal de Cultura de Arcoverde, vão jogar a história
de volta às mãos de quem não preservou, não cuidou, deixou pegar fogo e quase
põe fim a mais um pedaço da história de Arcoverde. Foi-se o Bandeirante e o
Verdes Arcos, esses privados; agora ameaça-se levar para o baú da história, a
Prefeitura Velha, o Paço Municipal como foi inaugurado em 1941, por disputas
políticas pequenas diante do tamanho dos 80 anos que aquele patrimônio
completou no último dia 09 de setembro. Além dela, resta a Casa do ex-prefeito
Augusto Cavalcanti, construída em 1918, ao lado da antiga delegacia de polícia.
Essa perda, essa marca, com certeza ficará nos registros do prefeito Wellington Maciel como um dos pontos negativos de sua passagem pelo comando do município. Não se discute aqui política, amarelo, azul, verde ou encarnado, mas a preservação de um patrimônio, raro, de 80 anos, inclusive diante do silêncio do Conselho Municipal de Cultura e do movimento cultural.
CURTA NOSSA FANPAGE E PERFIL NO INSTAGRAM
Nenhum comentário:
Postar um comentário