No fim de junho, o vice-presidente da CPI, Randolfe Rodrigues (Rede-AP),
apresentou o requerimento para estender o prazo com 34 assinaturas, sete a mais
que o necessário.
Na
época, Pacheco chegou a dizer que decidiria sobre a prorrogação apenas em
agosto, depois do recesso. Após conversas com o presidente da CPI, Omar Aziz
(PSD-AM), Pacheco decidiu antecipar a decisão. Em contrapartida, os membros da
comissão não devem realizar oitivas durante o recesso.
No
pedido de prorrogação, Randolfe cita as denúncias de irregularidades em torno
da compra da vacina indiana Covaxin, que foi revelada pela Folha no dia 18, com
a divulgação do depoimento sigiloso de Luis Ricardo ao Ministério Público
Federal.
"Depoentes
apontaram que até o presidente da República foi alertado das irregularidades e,
ao invés de apurá-las, as creditou ao próprio líder do governo da Câmara dos
Deputados. É um escândalo que precisa ser apurado com a gravidade
correspondente", escreveu se referindo ao depoimento do deputado Luis
Miranda (DEM-DF), que disse que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido)
atribuiu a Ricardo Barros (PP-SC) as supostas irregularidades na compra da
Covaxin.
Depois
dos depoimentos que levaram suspeitas de corrupção para perto do Palácio do
Planalto, a CPI começou uma nova fase de investigação focada na compra do
imunizante indiano.
Senadores
da oposição e independentes que defendem a prorrogação também dizem entender
necessário não só aprofundar as investigações, mas, antes de enviar o relatório
final à PGR (Procuradoria-Geral da República), aguardar a possível recondução
de Augusto Aras ao comando do órgão.
A
avaliação é que Aras pode ficar mais independente em relação ao presidente Jair
Bolsonaro se garantir a indicação para o segundo mandato à frente da
Procuradoria, pois não teria como seguir no cargo depois deste período.
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