Numa
conversa registrada em 3 de março, Dominguetti fala com um interlocutor
identificado como Rafael Compra Deskartpak sobre a operação em curso, naqueles
dias, para que o grupo chegasse até Bolsonaro no Planalto. Como a CPI já
descobriu, o reverendo Amilton Gomes de Paulo atuou para aproximar os supostos
vendedores de vacina do gabinete presidencial. Ele entrou na empreitada por ser
próximo da primeira família.
Nas
novas mensagens, Dominguetti comenta assustado sobre os avanços do reverendo.
“Michele (sic) está no circuito agora. Junto ao reverendo. Misericórdia”,
escreve.
O
interlocutor se mostra incrédulo diante do nome da primeira-dama. “Quem é?
Michele Bolsonaro?”
E
Dominguetti retorna: “Esposa sim”.
O
interlocutor orienta o policial a ligar para Cristiano Carvalho, CEO da Davati
no Brasil, que pilotava a operação: “Pouts. (sic) Avisa o Cris”.
Não
fica claro, quando Dominguetti diz que “Michelle está no circuito”, que tipo de
participação a primeira-dama pode ter no caso. Os integrantes da CPI devem
avançar sobre esse ponto para entender se a primeira-dama foi usada para que os
supostos vendedores de vacinas chegassem a Bolsonaro. A informação é do jornalista Robson Bonin, da coluna Radar da Veja.
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