“O
presidente entendeu a gravidade. Olhando os meus olhos, ele falou: ‘Isso é
grave’. Não me recordo do nome do parlamentar, mas ele até citou um nome para
mim, dizendo: 'Isso é coisa de fulano'. E falou: ‘Vou acionar o Diretor-Geral
da Polícia Federal, porque, de fato, Luis, isso é muito grave", reproduziu
Miranda, na CPI.
Por
horas, ele foi pressionado pelos senadores para revelar o nome citado por
Bolsonaro, mas afirmou, mais de uma vez, não se recordar. Os membros da CPI já
suspeitavam que se tratava de Ricardo Barros. Após um intervalo da sessão, em
novo questionamento da senadora Simone Tebet (MDB-MS), Luis Miranda revelou
que, realmente, se tratava do líder do governo na Câmara.
"Eu não me sinto pressionado para falar. Eu queria ter dito desde o primeiro momento. Mas vocês não sabem o que eu vou passar. Apontar o presidente da República que todo mundo defende como uma pessoa correta e honesta, que sabe que tem algo errado, ele sabe o nome, sabe quem é, e ele não faz nada por medo da pressão que pode levar do outro lado. Que presidente é esse que tem medo de pressão de quem tá fazendo o errado, de quem desvia dinheiro público com as pessoas morrendo com essa p**** desse Covid?”, disse Miranda.
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