sexta-feira, 30 de abril de 2021

Desemprego atinge recorde de 14,4% no trimestre encerrado em fevereiro

                                A taxa de desemprego atingiu 14,4% no trimestre encerrado em março, de acordo com a pesquisa mensal do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), divulgada nesta sexta-feira (30). Esse é o maior nível para o período na série histórica iniciada em 2012 e representa 14,4 milhões de brasileiros que estavam em busca de emprego. 

 No trimestre encerrado em janeiro, o desemprego estava em 14,2%. No trimestre imediatamente anterior (setembro-novembro), estava em 14,1%. Um ano atrás, era de 11,6%.

A população ocupada (85,9 milhões de pessoas) ficou estável em relação ao trimestre móvel anterior. Em um ano de pandemia, houve redução de 7,8 milhões de postos de trabalho, segundo o IBGE.

O recorde da série histórica da Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua), para todos os trimestres do ano, são os 14,6% registrados no período de julho a setembro de 2020.

Em relação ao trimestre encerrado em novembro, são 400 mil desempregados a mais. Em um ano, são 2,1 milhões de pessoas a mais procurando emprego.

Considerando a relação de emprego, o número de pessoas com carteira assinada no setor privado (excluindo domésticos) ficou em 29,7 milhões de pessoas em relação ao trimestre anterior. Em um ano, são 3,9 milhões de pessoas a menos.

O número de empregados sem carteira (9,8 milhões de pessoas) também ficou estável no trimestre, mas com perda de 1,8 milhão de vagas em um ano.

O número de trabalhadores por conta própria é de 23,7 milhões. São 716 mil de pessoas a mais na comparação trimestral, mas uma perda de 824 mil ocupações em relação ao mesmo período de 2020. A taxa de informalidade subiu de 39,1% para 39,6% no trimestre.

"Não houve, nesse trimestre, uma geração significativa de postos de trabalho, o que também foi observado na estabilidade de todas as atividades econômicas, muitas ainda retendo trabalhadores, mas outras já apontando um processo de dispensa como o comércio, a indústria e alojamentos e alimentação", afirma a analista da pesquisa, Adriana Beringuy.

"O trimestre volta a repetir a preponderância do trabalho informal, reforçando movimentos que já vimos em outras divulgações, a importância do trabalhador por conta própria para a manutenção da ocupação."

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