quarta-feira, 17 de março de 2021

Arcoverde: Empresário lamenta fechamento do comércio e chama decreto de ‘arbitrário’

                       Uma comitiva formada por vários empresários e lojistas de Arcoverde se mobilizaram para participar de uma reunião com o prefeito do município, Wevertton Siqueira (PSB), na manhã desta terça-feira (16). Em pauta, o novo decreto do Governo do Estado que implanta a quarentena a partir desta quinta-feira (18), permitindo funcionar apenas os serviços essenciais, a exemplo de supermercados, farmácias e postos de combustíveis.

Durante o encontro, o prefeito, que apesar de ter autonomia reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal, disse que ia analisar a questão e ver junto ao Ministério Público uma forma de amenizar o fechamento das lojas, mas nada de concreto em termos de ato oficial por parte da administração municipal foi anunciada pelo gestor. Apesar da autonomia, as decisões dos municípios não podem sobrepor a do Estado.

Em entrevista a TV LW, o empresário Genival Ferreira disse que tal medida por parte do Governo do Estado seria “um abuso de autoridade, porque no que a gente vê nesse decreto, não existe uma conversa, não existe dois lados; só existe o que eles acham. Se você pensa diferente você não é ouvido”. Segundo ele, a medida de quarentena da forma como é feita, “não muda a realidade da região e diz que o Governo do Estado generaliza do litoral ao Sertão, fechando tudo, onde tem cidades aonde o índice (infecção) é baixíssimo. Eu considero um ato arbitrário e autoritário” finaliza Genival destacando que a cidade depende do comércio.

Após o encontro, o grupo de empresário foi até o Ministério Público de Pernambuco, em Arcoverde, a onde foram recebidos pela Promotora Milena de Oliveira Santos do Carmo. Na reunião, uma comissão de seis empresários apresentou os pedidos e reivindicações dos lojistas e empresários para o funcionamento do comércio obedecendo todos os protocolos definidos pelos órgãos de saúde.

Após a explanação do grupo, a promotora disse que iria seguir todas as determinações e recomendações definidas pelo Governo do Estado, não acatando nenhuma das sugestões ou propostas apresentadas pelo empresariado arcoverdense. Com isso, a partir de amanhã, dia 18, todo o comércio fecha as portas, com exceção dos chamados serviços essenciais constantes do decreto estadual que contempla 34 segmentos.

Pelo decreto da quarentena, ficam proibidos entre os dias 18 e 28 de março, o funcionamento de forma presencial de escolas públicas e privadas; escritórios comerciais e de prestação de serviços; clubes sociais, esportivos e agremiações; práticas e competições esportivas, individuais ou coletivas, profissionais ou voltadas ao lazer e de parques e praças.

Estão permitidos pelo decreto: supermercados; padarias; farmácias; postos de combustíveis; petshop; clínicas, ambulatórios e similares; bancos e lotéricas; transporte público; indústrias, atacado e termoelétricas; construção civil; material de construção; materiais e equipamentos de informática; lojas de materiais e equipamentos agrícolas; oficinas e assistências técnicas e lojas de veículos, entre outros. Igrejas e demais templos religiosos poderão abrir para atividades administrativas e para preparação e realização de celebrações via internet. Restaurantes e bares poderão funcionar apenas com o delivery.

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