Apesar
do alto índice de faltas, o ministro da Educação, Milton Ribeiro, classificou
como um sucesso. "Fico satisfeito com o que fizemos em meio à pandemia,
apesar da abstenção", disse o ministro em entrevista em Brasília na noite
deste domingo (17). "Parte [da explicação pela abstenção foi] a dureza e
medo da contaminação e parte de um trabalho de mídia contrária ao Enem que foi
muito grande".
Além
da alta taxa de faltosos, o segundo Enem realizado sob o governo Jair Bolsonaro
(sem partido) foi marcado pela superlotação de salas e o impedimento de
candidatos de diversos estados do país para fazer as provas. Até a publicação
deste texto, o governo não informou o que esses barrados poderão fazer.
O
Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais) insistiu na
realização do exame em meio ao avanço da pandemia. Defensorias e procuradorias
haviam ingressado com ações judiciais para adiar a aplicação, o que ocorreu
somente no Amazonas. Outras duas cidades de Rondônia decidiram pela suspensão.
O
argumento do Inep era de que seriam garantidos. O jornal Folha de S.Paulo já
havia mostrado que o Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas
Educacionais) não havia garantido que todas as salas de aplicação foram
organizadas para receber candidatos até 50% da capacidade dos espaços. A aposta
de integrantes do órgão era de que muitos alunos deixariam de ir fazer a prova,
o que garantiria baixa ocupação.
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