De
acordo com o pesquisador Jones Albuquerde, o aumento de casos está crescendo em
sincronia com o que aconteceu na Europa e América do Norte.
Jones
Albuquerque trabalha no IRRD (Instituto para Redução de Riscos e Desastres de
Pernambuco), da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), e no Lika
(Laboratório de Imunopatologia Keizo-Asami), da Universidade Federal de
Pernambuco (UFPE). O instituto e o laboratório integram a vigilância de dados
da Covid-19 junto ao Governo do Estado.
Para
ele, o alerta do dado notificado é agressivo. "Se o começo são 2 mil, que
batemos o recorde do terceiro pior dia, vamos a quantos por dia? 4 mil, 5
mil?", questionou.
Mesmo
com o registro acima de 2 mil casos confirmados sendo reflexo de um aumento da
testagem, a ocupação de leitos de UTI para casos de Síndrome Respiratória Aguda
Grave (Srag), configurados como suspeita da Covid-19, apresentam aumento no
mesmo período. Desde o dia 28 de novembro, a ocupação de UTI para casos de Srag
se manteve acima de 80%, mesmo com aumento de leitos
O
pesquisador também informou que a infecção se encontra espalhada em todos os
municípios pernambucanos. Por isso, a estratégia de controle deve ser diferente
da tomada no primeiro momento de medidas restritivas. "A medida agora tem
que ser para todo o Estado, simultaneamente", informou.
"A
população tem maioria da responsabilidade de controlar, mas sozinha não
consegue os 70 - 75% de distanciamento que seria necessário para gerar uma
"barreira epidemiológica", pois, ao "ir trabalhar", não
consegue manter. O governo teria que bloquear alguns serviços não essenciais
como alguns países fizeram", explicou o pesquisador.
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