Conforme
a CGU, Coriolano voltou a ser preso pois teria violado várias medidas, como
sair do local permitido para reclusão em horários não permitidos e deixar o
aparelho se desligar e não carregar a bateria.
Coriolano
havia sido preso na sétima fase da Operação Calvário, chamada de Juízo Final,
no dia 17 de dezembro de 2019. Ele é acusado de fazer parte do núcleo
financeiro operacional do esquema criminoso e estava cumprindo medidas
cautelares desde fevereiro deste ano.
O
mandado de prisão preventiva foi cumprido no apartamento do investigado no
bairro do Bessa, em João Pessoa, onde também foram apreendidos documentos. Uma
chácara de Coriolano em Bananeiras também foi alvo de mandado de busca e
apreensão.
A
10ª fase da Calvário tem como objetivo reunir mais informações, unindo a provas
adquiridas em fases anteriores, principalmente em relação ao crime de lavagem
de dinheiro e ocultação patrimonial. A ação é organizada pelo Grupo de Atuação
Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público da Paraíba
(MPPB) junto com a Polícia Federal e a CGU.
A
Calvário investiga uma suposta organização criminosa suspeita de desvio de R$
134,2 milhões de serviços de saúde e educação. O governador da Paraíba, João
Azevêdo (Cidadania), também é investigado na mesma operação, porém não foi alvo
de nenhum mandado nesta fase da Calvário.
Os
levantamentos apontaram que, no período de 2011 a 2019, somente em favor das
Organizações Sociais (OS) contratadas para gerir os serviços essenciais da
Saúde e da Educação, que integram as investigações de todas as fase da Operação
Calvário, o Governo da Paraíba empenhou 2,4 bilhões de reais, tendo pago mais
de R$ 2,1 bilhões, dos quais estima-se um dano ao erário de mais de R$ 134
milhões.
De
acordo com a investigação, as OSs direcionavam os gastos de hospitais para
determinados fornecedores, que, posteriormente, repassavam parte do valor a
agentes públicos. Na mesma operação já houve buscas e apreensões em dezembro de
2019, ocasião em que o STJ determinou o afastamento do cargo de dois
conselheiros do TCE-PB. G1PB
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