quarta-feira, 16 de dezembro de 2020

Célia: “o povo de Arcoverde foi enganado” com obra do shopping

                  Fazendo uma mea-culpa em nome de toda a Câmara de Vereadores, já que o projeto de lei que fez a doação do terreno do Parque de Exposições para a construção de um Shopping Center foi aprovado por todos, a presidente da Casa James Pacheco, vereadora Célia Galindo (PSB), afirmou categoricamente que “o povo de Arcoverde foi enganado” com a promessa feita da construção do centro comercial em três anos. 

“O povo de Arcoverde foi enganado. Desafio um nome de um trabalhador de Arcoverde, uma carteira assinada em nome dessa empresa do shopping. Quem tá fazendo a terraplanagem é o Atacarejo, que pagou R$ 1,5 milhão pra mudar os postes da rede elétrica. Essa empresa GR Shopping não tá fazendo nada. É possível dar uma oportunidade a quem teve três anos pra fazer? Não fizeram em três vai fazer em dois?”, questionou.

Segundo a parlamentar socialista, a Câmara de Vereadores não votou o projeto (Lei Ordinária nº 2.533/2017) “para abrir o Novo (Atacarejo) não! Nós votamos para abrir o shopping, a faculdade, para ter investimento e Arcoverde tivesse oportunidades de geração de empregos”. Segundo ela, o que se vê hoje é os trabalhadores do Atacarejo quando completam três meses, o período da experiência, serem demitidos.

Sobre a construção do Shopping, a vereadora Célia Galindo disse que com a não aprovação da prorrogação de prazo, que não estava prevista na lei original e que alijou da disputa outros concorrentes, o município ganha de volta o terreno para que outra empresa capaz possa construir lá, já que, passados três anos, nada foi feita pela empresa GR Shopping.

“Não tem um tijolo pra fazer um banheiro do shopping. Procure uma obra que esteja em vento em popa dessa empresa, não tem. O que o município deveria ter feito era uma fiscalização contínua, para pressionar a execução da obra, mas não houve isso. Fizemos todo o possível para que esse shopping fosse construído, que viessem os 1.500 empregos prometidos e que eu disse aqui, mas infelizmente foi tudo uma enganação”, finalizou a parlamentar socialista.

O grande nó da questão é que, após acordo feito com a promessa da construção do Shopping que até hoje não levantou um tijolo, o não cumprimento dos artigos previstos na Lei Ordinária nº 2.533/2017, principalmente o Art. 2º, levaria a devolução do terreno. Diz o artigo que “...se a donatária (GR Shopping) deixar de cumprir as obrigações e prazos previstos nesta lei”, o que está ocorrendo, deverá haver a reversão da doação “...conforme termos do parágrafo 4º do Artigo 17 da Lei nº 8.666/93”. Pra passar por cima disso, a prefeita enviou o projeto de lei alterando a lei municipal aprovada pela Câmara e sancionada pela chefe do Executivo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário